São Paulo, segunda-feira, 09 de agosto de 2010

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ÁLVARO PEREIRA JÚNIOR cby2k@uol.com.br

Filme mostra que John Lennon era um chato

VEM AÍ "O Garoto de Liverpool" ("Nowhere Boy", 2009), filme britânico sobre a adolescência de John Lennon. O longa deixa uma certeza inegável: Lennon era um chato.
Calma, beatlemaníaco, não precisa carregar seu AK-47. O fato de Lennon ser insuportável não faz dele um milímetro menos genial.
O filme trata da adolescência de Lennon (1940-1980). Do período entre a morte do tio querido até uma outra morte de pessoa próxima (melhor não revelar, caso algum leitor não conheça a biografia e não queira perder a surpresa).
Lennon era o engraçadinho da turma, o xavequeiro, o pegador, o ambicioso, o intenso, o provocador, o violento, o egomaníaco.
Chato, chato.
Mas e daí? Alguém vira John Lennon se não pensar só em si próprio, se não tiver um "drive" colossal? Não.
Quem conheceu Renato Russo pré-fama garante: era um mala, sempre com seu violãozinho, querendo ser maior do que o mundo.
Quem leu os diários de Kurt Cobain sabe que ele tinha uma ambição fora de qualquer medida.
E os Melvins, banda veterana de Seattle para quem Kurt pagava pau, sempre falam: "Kurt Cobain? Aquele hippie sujo e chato que vivia atrás de nós?"
Quem assiste a "O Garoto de Liverpool" se liga que Lennon esmagaria o pescoço da própria mãe, se soubesse direito quem ela era, para se tornar um ídolo mundial.
O filme é totalmente convencional. Estranho, porque a diretora, a estreante Sam Taylor-Wood, é também artista plástica de vanguarda.
No cinema, ela ficou bem comportada. Mas acertou em cheio ao retratar John Lennon como ser intragável.

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VEJA NO CINEMA

"O Garoto de Liverpool"
Nem precisa manjar de Beatles. É tudo bem explicado

LEIA NO PAPEL

"Apathy for the Devil", Nick Kent
Nem acabei, já recomendo. Anos 70, em Londres, vistos por dentro

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Festivais de rock no Brasil
Nada me interessa menos. Não vou escrever uma linha


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