São Paulo, segunda-feira, 10 de janeiro de 2005

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A cara do pai

Trash assumido dá o tom de "O Filho de Chucky", filme que chega às telas do Brasil na próxima sexta-feira

DA REPORTAGEM LOCAL

Embarque no trash: a família de Chucky, o brinquedo assassino, cresceu. Se no filme anterior ("A Noiva de Chucky", 1998) ele ganhou uma mulher, é a vez de vir o fruto da união do casal. O rocambolesco "O Filho de Chucky" ("Seed of Chucky", 2004) entra em cartaz no país na próxima sexta, cheio de referências e de sangue cenográfico.
No quinto filme do boneco homicida, o roteirista da série, Don Mancini, estréia na direção e abusa da metalinguagem. Chucky e Tiffany agora são inanimados e estão em uma produção de terror de Hollywood. Seu filho, achado por um falso ventríloquo no cemitério em que o filme anterior acaba, é obrigado a se apresentar com ele pela Europa.
O "garoto" foge, encontra os pais e entra em crise: ele é menino ou menina? Por isso, Chucky e Tiff lhe dão o nome de Glen, ou Glenda -citação ao filme de Ed Wood em que um homem veste-se de mulher. E Glen tem horror a assassinatos.
Jennifer Tilly, interpretando ela mesma, é a atriz do filme dentro do filme. No auto-escracho, ela reclama da falta de convites para papéis sérios, espinafra Julia Roberts, burla sua dieta -em uma das cenas, Tiffany diz: "Como ela é gorda!"- e tenta seduzir um diretor, o rapper Redman (também como ele mesmo), para ganhar o papel de Virgem Maria (!).
A família Chucky tem então uma idéia: invadir os corpos de Tilly, de Redman e do bebê que a atriz vai gerar via inseminação artificial. O doador? Chucky, é claro.
A partir daí, mortes e mais mortes, a ponta de John Waters (diretor de "Cecil Bem Demente", entre outros), o acidente de Britney Spears, um motorista que quer se declarar a Tilly, citações a filmes japoneses e a "O Iluminado" e um desfecho estapafúrdio -que promete seqüência- fazem de "O Filho de Chucky" um filme imperdível. Para quem gosta de trash.
(LUCIANA PAREJA)


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