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Lava roupa todo dia, agonia
da Reportagem Local
A liberdade tem seu preço. Lavar
roupa, passar, cozinhar, pagar as
contas e fazer compras de supermercado são algumas das tarefas
obrigatórias para quem não vive
mais sob a barra da saia da mãe.
"Quando cheguei a Rio Claro, só
sabia fazer miojo. Hoje sei preparar arroz, macarrão, bife e até estrogonofe", comemora o aprendiz de mestre-cuca Laércio
Schwantes Iório, 19, aluno de educação física.
Outros mais precavidos fazem
curso instantâneo de culinária
com a mãe antes de se mudar, como é o caso de Henrique Barcelos
Ferreira, 18, "bixo" da Unicamp.
"Uma semana antes de vir para
cá, aprendi a fazer arroz, macarrão
e batata frita. Por enquanto, só fiz
macarrão. Até que ficou bom."
Nas repúblicas, costuma rolar o
esquema do rodízio. A cada semana, tarefas do tipo lavar o banheiro, tirar o pó e fazer supermercado
são executadas alternadamente.
"Pois é, acabou a moleza. A gente aqui tem de aprender a se virar", diz Érica Speglich, 20.
Lavar roupa, então, é motivo de
agonia para alguns. Allan Monteiro, 20, da Unicamp, conta que costuma passar uns dois meses sem
lavar suas camisetas.
"Não tem muito problema. É só
usar uma vez, deixar no sereno tomando um ar e está pronta para ser
usada novamente", ensina.
Já Fabíola Ruiz, quando chegou a
Bauru "não sabia nem abrir lata
de leite condensado". Hoje, diz
que se vira superbem. "Aprendi
pelo método `tentativa e erro'."
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