São Paulo, segunda, 10 de maio de 1999

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Os preços absurdos dos ingressos dos shows, a CPI dos Bancos e a "guerra" do Brasil são o alvo da semana. Confira!

Leitor chia contra preço dos ingressos: R$ 45 para o Chemical Brothers Cena de violência no Brasil; há "guerra" não apenas na Iugoslávia "Irracional e hipócrita"
"Parabenizo Gustavo Ioschpe pelo texto de 3/5, principalmente no que se refere ao comportamento de certos senadores na CPI dos Bancos. Apenas acrescento que as atitudes de tais parlamentares demonstra ainda mais o caráter eleitoreiro de tais investigações. O povo gosta de escândalo, e os políticos sabem disso. Por isso agem com agressividade contra quem depõe nas CPIs, tentam ofender de toda forma, como se fossem os "guardiões da moralidade'. (Que hipocrisia!) Já que são defensores do fim da impunidade, que votem logo o fim da imunidade parlamentar em todos os setores, não apenas no Executivo e Judiciário, mas igualmente no Legislativo."
Paulo de Camargo, 23 (via e-mail)
² Gente que se mexe
"Parabéns pela reportagem sobre Daniel Cara (ed. de 26/4). É importante mostrar que existem pessoas, jovens também, se mexendo para construir um futuro melhor. Chega de esperar tudo dos políticos, pois o resultado já sabemos!"
Luiz Fernando Adelantado da Silva (via e-mail)
Paiva decepcionou
"Fiquei muito decepcionada ao ler a crítica de Marcelo Rubens Paiva (ed. de 3/5). Não vejo nenhuma qualidade no tal fenômeno Tiazinha e falo isso porque a conheço fora dos bastidores de programas que considero lixo cultural. Acho que, do ponto de vista "machista', possa até haver algum atrativo nessa figura que, juntamente com Carla Perez e tantas outras, vem infestando a manifestação cultural brasileira. Cantar e rebolar a bundinha não fará com que os brasileiros, principalmente as crianças e os adolescentes, consigam construir um país melhor no futuro. No entanto, somos obrigados a aceitar que, assim como outras sociedades, o Brasil é regido pelo poder das massas, que ainda não se conscientizaram do poder da educação e do verdadeiro desenvolvimento cultural."
Margarete Storto (São Paulo, SP)
² Estágio em Belgrado
"O Folhateen fez parte da minha fase teen, hoje leio e continuo achando muito interessante e informativo. Parabéns. Mas escrevi mesmo para demonstrar minha revolta contra essa guerra na Iugoslávia. Tive o prazer de morar quase quatro meses, no ano passado, em Belgrado, pois fui fazer um estágio. Pude viver com o povo sérvio e ver a tristeza do olhar daquele povo perante os resquícios da guerra da Bósnia.
Vivi num campus universitário e estive com intercambistas de mais de 30 países, que, de uma forma ou outra, tentavam não desanimar o povo sérvio. Um povo que é apaixonado pelo Brasil, muito receptivo e amigo, bem diferente da maioria dos europeus. Estive na região de Kosovo e pude visitar monastérios e outras belezas dos sécs. 12 e 13 que, com certeza, não existem mais. Esse povo não está perdendo somente sua terra e seus parentes, está perdendo sua história, sua identidade. Fica meu registro de tristeza e incapacidade de poder contribuir com algo."
Danielle Andreazzi, 25 (via e-mail)
Preços abusivos
"Não dá para pagar R$ 70 no show do Metallica e R$ 45 no do Chemical Brothers. E é inacreditável que no Rio seja mais barato que aqui. Qual a diferença? Por que quem mora em SP tem de pagar mais caro? Os organizadores poderiam ter um pouco de consideração com as pessoas que sempre prestigiam os melhores shows."
Adriano Ferreira Lopes Maria, 21 (via e-mail)
A guerra daqui
"Gostei muito de ler as cartas de 26/4. Gosto muito de saber que existem pessoas que pensam como eu, Otávia e Natália. Começando pelos americanos: eles se espantam quando seus adolescentes matam colegas no colégio, mas nem ligam se a Otan "erra' uma bomba e mata algumas pessoas inocentes. Já nós, brasileiros, damos mais importância a isso tudo do que ao que acontece aqui, no nosso país! Aqui há crianças armadas também e que também estão matando seus colegas. Há policiais que matam adolescentes sem a menor culpa. Há bancos (e não só bancos) lucrando com a crise. E, o pior, há um governo por trás de tudo isso! Quando é que o povo brasileiro vai abrir os olhos?"
Liana Oliveira, 16 (via e-mail)
A "chata" que não bebe
"Adorei a reportagem sobre o consumo de álcool por jovens (ed. de 3/5). Estudo engenharia mecânica, sou a única moça da minha turma, e todos o meus colegas bebem muito, passam bastante dos limites. Eu sou a "chata' que não bebe nunca e sou discriminada pelo simples fato de não suportar bebida alcoólica. É lamentável que aqueles que vão guiar o país no futuro estejam se viciando em uma droga tão pesada quanto o álcool."
Milena Popovic (via e-mail)
"Contra ou a favor"
"Sinceramente não entendo esses que se dizem representar os estudantes. Um convênio com a Secretaria de Estado da Educação. Isso não é um horror? Para mim, é. Fazer esse convênio significa se aliar ao governo, compactuar com tudo o que a tecnocrata da Rose Neubauer vem fazendo com a educação nestes últimos anos. E tem mais: as associações de pais e mestres coordenarem a recepção do dinheiro arrecadado com as carteiras estudantis significa que a Ubes está chamando os estudantes e dirigentes de grêmios de alienados e irresponsáveis para administrar seus próprios recursos. A Ubes hoje está totalmente enganada em relação às idéias dos estudantes, nem sequer visita as escolas. Pelo menos, na minha nunca foi.
Certo seria se nós apenas apresentássemos um documento de identidade para pagar meia-entrada, como diz o projeto de lei do deputado estadual Rui Falcão. E as entidades estudantis precisam pensar e discutir novas formas de sobrevivência, e os dirigentes, perceber que o movimento estudantil não é uma profissão. Não estou vendo as entidades se movimentarem contra todo o caos que estamos vivendo. É nosso papel estar nas ruas para brigar com o governo na defesa de nossos direitos, e não nos aliarmos a ele."
Robson Rojas, da direção da Umes de Presidente Prudente (via e-mail)
² "Valeu, Paloma!"

"Gostaria de parabenizar Paloma Klisys (edição de 19/4) pelo maravilhoso trabalho em tentar ajudar outros jovens sem incentivo de sair do "mundinho das drogas'. Se cada um fizer a sua parte (como a Paloma), conseguiremos mobilizar muitos jovens e melhorar o destino do nosso país. Muitas vezes não percebemos, mas o nosso amigo, aqui do lado, também está precisando de ajuda."
Debora Maria Christofoletti (via e-mail)
Sem Sabbath este ano
"Gostaria de saber se o Black Sabbath vem para o Brasil neste ano."
Alexandre Rosa Athayde, 19 (via e-mail)
² resposta A produtora Mercury contatou a banda para agendar shows no Brasil, mas a resposta foi negativa. Eles cumprem a agenda no exterior e não têm data para vir. ² Folhateen: al. Barão de Limeira, 425, 4º andar, São Paulo, SP, CEP 01202-900. Mande seu nome completo, idade, endereço e telefone. E-mail: Folhateen@uol.com.br



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