São Paulo, segunda-feira, 10 de dezembro de 2007

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>>Alváro Pereira Júnior

cby2k@uol.com.br

Tiozões punk, branquinhos indie

SEMANA QUE vem, chumbo para todo lado, com a lista dos melhores e (principalmente) piores de 2007.
Mas hoje a gente fala de tiozões punk e de uma encrenca indie que incendeia os blogs!
Os coroas: Steve Jones (Sex Pistols), Tony James (Sigue Sigue Sputnik) e Mick Jones (Clash). Mick e Tony foram convidados, esta semana, do programa de Steve na rádio Indie 103.1, de Los Angeles (o site voltou ao ar).
Mick, o nerd bem informado, puxou o assunto da professora inglesa presa no Sudão porque pôs o nome Mohammed num ursinho de pelúcia. Steve ignorava o caso e perguntou: "Mas o que há de errado com esse nome, Mohammed?" Mick explicou que Mohammed (Maomé) é o nome do profeta da religião islâmica, e que foi considerado desrespeitoso botar esse nome num brinquedo etc.
Depois, Steve ainda errou o nome da música do Who de que o Sex Pistols, sua própria banda, fazia cover (disse que era "My Generation", Mick corrigiu: "Substitute"). Em seguida, deixou claro que nunca ouviu falar da banda inglesa Kasabian.
Rolei de rir. Trinta anos depois, o Clash continua politizado e bem-informado. E os Sex Pistols seguem vivendo em um universo próprio -bem distante do nosso.

Já pensou ter coragem de falar mal da mais intocável das bandas indie, o Arcade Fire? Mais ainda, falar mal com embasamento, de um jeito seguro e sofisticado? Foi o que fez o crítico da "New Yorker" Sasha Frere-Jones, para quem o Arcade Fire simboliza o embranquecimento da música alternativa, cada vez mais careta e previsível.
O crítico inglês Simon Reynolds entrou no rolo. Win Butler, do Arcade Fire, escreveu para Frere-Jones, que rebateu em seu blog dentro do site da revista "New Yorker". E a repercussão foi tanta que a revista "New York" (não confunda com a "New Yorker") compilou tudo: http://nymag.com/daily/entertainment/ 2007/10/finally_some_outrage_over_sasha.html.


CD Player

PLAY: "Archangel", Burial
Colagem digital de batidas assimétricas, um som mais claustrofóbico do que Tricky. Tão perfeito que não parece real.

PAUSE: A onda do bassline house
Alguém ainda tem paciência para mais um novo gênero de música eletrônica? É claro que tem; eu é que estou por fora.

EJECT: Possível turnê do Led
Não satisfeito em voltar para um show, o Zeppelin agora ameaça com uma excursão mundial. Quando sai a próxima nave para Andrômeda?

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