|
Próximo Texto | Índice
música
Pânico por todos os lados
1,5 milhão de
CDs e 19 milhões
de streamings
depois, só dá
Panic! at the Disco
Divulgação
|
Os emos do Panic! at the Disco são ousados: saem com seus penteados na sacada sem se importar com a ventania |
LÚCIO RIBEIRO
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
O
nome do grupo é
Panic! at the Disco.
Mas pode chamá-lo
de A Banda de Rock
Mais Falada do
Mundo Hoje Para o Bem e Para
o Mal Quer Queiram Quer Não.
Esse apelido, à altura da mania
de colocar longos nomes em
canções, serve bem para ilustrar o momento pelo qual passa
esse pós-adolescente quarteto
de Las Vegas, a "nova Seattle"
americana (brincadeira!).
Banda que transita entre o
emo e o indie rock, o Panic! at
the Disco (o vocalista explica o
nome na página 8) teve meteórico sucesso porque conseguiu
se dar bem juntando os melhores dos dois mundos de hoje na
música: o real e o virtual.
Há pouco mais de um ano, a
banda da terra do Killers mal
existia, a não ser como uma turma de amigos da escola que se
encontrava para tocar covers
de Blink 182. Quando lançou
seu primeiro CD, o hoje campeão "A Fever You Can't Sweat
Out", em setembro do ano passado, o Panic! at the Disco encontrou um cenário tão favorável que levou a banda às alturas:
em meio ao levante do emocore
e ao domínio da música indie
como o novo pop.
Um ano depois, 1 milhão e
meio de CDs vendidos depois e
19 milhões de streamings no
MySpace depois, só dá Panic! at
the Disco. Por onde quer que se
olhe, com olho pintado ou não.
A banda atravessou 2006 e o
mundo em turnê, quase sempre com shows esgotados, incluindo participações destacadas (mesmo!) nos gigantescos
Lollapalooza (EUA) e Reading
Festival (Inglaterra).
Na festa da MTV americana,
o Panic! at the Disco estava lá
(inclusive ganhando o prêmio
de vídeo do ano). Na trilha sonora de um dos filmes mais falados do ano, "Serpentes a Bordo", o grupo está lá.
Dando continuação ao giro
planetário, em outubro o Panic! excursiona pela Austrália e
volta à Europa, incluindo fantásticos quatro shows "sold
out" no lendário Brixton Academy, em Londres.
Numa missão de se afastar da
tristeza emo -termo que já virou pecha no rock americano e
custou uma garrafada à banda
no Reading Festival, que acertou em cheio o pancake e borrou o delineador do vocalista
Brendon Urie-, o Panic! está
se aproximando do indie.
Em seus shows, arrisca covers de Radiohead e Smashing
Pumpkins. E convidou o inglês
Bloc Party para passar novembro e dezembro tocando pelos
Estados Unidos.
O Brasil também está em Panic! Aqui, a banda passa sem
parar na MTV, tem alta rotação
nas FMs pop, acumula 19 comunidades no orkut e anima a
Warner a lançar discos até no
raro (por aqui) formato de
"compacto simples".
Vêm aí os singles de, atenção
aos nomes, "The Only Difference Between Martydom and
Suicide Is Press Coverage",
"But It's Better If You Do" e
"Lying Is the Most Fun a Girl
Can Have without Taking Her
Clothes Off", títulos exemplares no cenário emo e que, de
certa forma, explicam a garrafada indie no Reading Festival.
Próximo Texto: Dois críticos trocam e-mail Índice
|