São Paulo, segunda-feira, 12 de janeiro de 2009

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SEXO & SAÚDE

>> Jairo Bouer - jbouer@uol.com.br

Nervoso na hora H

1 "Tenho 20 e fui transar com uma garota de programa. Apesar da vontade, meu amigo de baixo não reagiu. Fiquei muito nervoso no momento. O que pode ter acontecido? O que fazer para não ficar tão nervoso na hora H?"

2 "Estou começando minha vida sexual e estou sofrendo do contrário do que a maioria dos garotos sofre. Ao invés de ter ejaculação precoce, eu não ejaculo! Isso aconteceu nas três vezes em que tentei. Não fico nervoso nem desconfortável, mas mesmo assim não ejaculo. É muito frustrante!"

OS DOIS GAROTOS estão enfrentando problemas no início de sua vida sexual. É bom lembrar que quase a metade dos homens tem algum tipo de dificuldade em suas primeiras experiências. Portanto nada de ficar desesperado, arrancando os fios de cabelo.
O primeiro procurou uma garota de programa para uma experiência sexual. No entanto não conseguiu ter uma ereção satisfatória. O culpado pela "falha" da ereção está explicitado no próprio e-mail: o nervosismo! Toda vez que a gente fica muito tenso na hora do sexo, reações químicas se passam em nosso cérebro e em nosso corpo e acabam atrapalhando o processo da ereção. O sangue não fica "represado" nos corpos cavernosos do pênis e, assim, não há rigidez suficiente para uma relação sexual.
Não há uma receita única para controlar o nervosismo na hora H. Maior experiência, intimidade com a parceira (o que é mais difícil com uma garota de programa), não ficar se cobrando, não criar ansiedade em relação à próxima transa, entre outras estratégias, são atitudes que podem ajudar. Em outras situações, mesmo sem uma sensação tão clara de nervosismo, como é o caso do segundo leitor, a ansiedade pode interferir na resposta sexual. Ele está correto em lembrar que a maioria dos garotos "acelera" o processo e acaba tendo ejaculação precoce nas primeiras tentativas.
Mas, às vezes, o caminho pode ser exatamente o oposto, e o homem pode demorar muito ou nem conseguir chegar à ejaculação. De novo aqui maior tranquilidade, não se preocupar tanto com a ejaculação, curtir o momento, confiar na parceira, tudo isso pode ajudar.
Será que explorar mais as possibilidades da relação, não ficar se policiando e se controlando nos momentos de intimidade e, ainda, tentar vencer tabus e vergonhas não podem ser exemplos para um começo?
Para terminar, o importante é entender que essas dificuldades fazem parte de uma fase de adaptação. Elas, em geral, são transitórias e, na maioria das vezes, com um pouco de calma e de paciência, acabam sendo revertidas sem a necessidade de ajuda ou de um tratamento. É isso!


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