JAIRO BOUER
COLUNISTA DA FOLHA

Muito legal vocês dois estarem dividindo a responsabilidade de prevenir uma gravidez indesejada. Parabéns mesmo pelo uso regular da camisinha. Se todo mundo seguisse esse exemplo, a moçada ia ter menos dor de cabeça na vida.
O uso constante da camisinha é um método bastante confiável para prevenir as doenças sexualmente transmissíveis e a gestação indesejada. Usando espermicida (substância que ataca os espermatozóides) e respeitando o ritmo da tabelinha, vocês ampliam essa proteção.
A tabelinha revela o dia provável da ovulação. O intervalo que vai de cinco dias antes da ovulação até cinco dias depois é o período fértil -época de maior chance de gravidez em uma relação sexual desprotegida.
A camisinha pode estourar e colocar vocês em risco? Até pode! Mas se vocês aprenderem a colocá-la corretamente e seguirem as orientações básicas de uso, as chances são bem pequenas. Além disso, no caso de vocês, o espermicida e a tabelinha garantem ainda maior segurança em caso de rompimento.
Mas é melhor usar pílula junto com camisinha? Esse método é a melhor forma de proteção. Na Europa, a combinação é recomendada em muitos países. No entanto, algumas meninas não querem tomar pílula ou não toleram alguns efeitos colaterais.
Aí existem duas opções. Ou a menina vai testando um tipo de pílula que não produz efeitos indesejados ou ela fica sem pílula. Nesse segundo caso, se, eventualmente, acontecer algum acidente de percurso (rompimento de camisinha) em dia fértil, ela tem a possibilidade de ligar para o ginecologista e tomar a pílula do dia seguinte. Viu quantos recursos? Desse jeito só bobeia quem não está informado ou quem não se cuida como deveria!