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TECNO
Pôster de cinema agora fala; só não dá ainda para colecionar
MARCELO VAZ
FREE-LANCE PARA A FOLHA
No filme "Minority Report - A Nova Lei" (2002), de Steven Spielberg, um acessório comum no ano
2054 (em que a trama se passa) é um
cartaz publicitário que fala com as
pessoas na rua, em lojas e no metrô.
O erro do filme foi de "só" uns 50
anos, pelo menos no caso dos pôsteres de filmes. Em fase de testes, a novidade é uma linha de anúncios que,
para dar (mais) água na boca do público, mostram áudio e cenas (em
movimento) dos filmes, além de
atores que chamam você para a sala
ou, no mínimo, piscam para chamar a sua atenção.
Na forma de papel, são itens de
colecionador, dependendo da obra
que anunciam ou do astro que ostentam. Mas ainda não dá para trazer os novos modelos para casa: os
pôsteres têm telas fixas de plasma.
O investimento pode não trazer
resultados nas bilheterias, mas, para
os estúdios, há o benefício da pesquisa de mercado. Esse tipo de mídia, quando difundida, permitirá ao
anunciante saber quantas pessoas
olharam para o cartaz, quantas andaram até ele, quanto tempo olharam para ele etc.
Para o "consumidor", a idéia das
empresas que desenvolveram a tecnologia é que interaja com os pôsteres e tenha um código pessoal que
lhe permita receber informações
adequadas ao seu gosto.
Coisa de cinema, não?
E-mail - walabibi@uol.com.br
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