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02 NEURÔNIO
Seguindo o amor
JÔ HALLACK
NINA LEMOS
RAQ AFFONSO
Dia desses, lemos uma notícia que dizia que
um rapaz estava sendo processado porque
começou a rastrear a vida de sua ex-namorada através do GPS, aquele sistema de localização via satélite. Ara Gabrielyan -que morava na Califórnia- instalou um celular
no carro da "ex" e ficava acompanhando
seus passos. Não conseguimos entender o
que levou esse rapaz a fazer isso!
Quer dizer, até entendemos. E muito
bem: ele está superego descontrol. Mesmo assim, é um pouco demais. Confessamos: já tivemos vontade de seguir os outros. Mas nos controlamos e a vontade
passou! É claro que não era um "ex"!
Porque, quando terminamos com alguém ou quando alguém termina com a
gente, só queremos uma coisa na vida:
que essa pessoa desapareça. Não queremos saber onde ele anda. Queremos que ele suma. De
preferência, vá para outro planeta.
Afinal, nada mais horrível do que encontrar-se com um
ex-pretê em uma balada, qualquer que seja a situação,
porque...
- Se você ainda gosta dele: ele pode estar acompanhado!
E você pode desmaiar!
- Se você não gosta dele: você pode estar acompanhada.
Mas vai se lembrar dos velhos tempos e será tomada por
uma dúvida atroz. Ou vai se sentir péssima. E ele pode ficar bêbado e dar vexame!
- Também há um terceiro ponto: vocês dois perceberam, juntos, que não tinha mais nada a ver. E vão ficar
amigos. Mas, nesta coluna, só trabalhamos com casos de
amor. Desses que destroçam corações.
É claro, sempre temos uma pequena curiosidade para
saber que fim levou nosso "ex". Será que ele casou? Com
uma mulher mais bonita do que você? Será que ele enriqueceu? Mas, no máximo, apuramos com algumas amigas. E só. E com consciência de que estamos fazendo uma
burrada. Afinal, saber sobre a nova vida do seu (ou da
sua) "ex" só é bom em duas situações:
1) Você levou um pé na bunda. E descobre que ele caiu
num poço de lama e que está chorando na sarjeta.
2) Você deu um pé na bunda e está um pouco com culpa. Daí descobre que ele está bem. Mas você está melhor.
No caso de Ara Gabrielyan -que pode passar seis anos
vendo o sol nascer quadrado-, o objetivo era aparecer
nos mesmos lugares em que sua "ex"
(ele apareceu na tumba do irmão morto dela, como se fosse por acaso). E tentar reatar. Nunca ninguém levou um
contatinho tão a sério! E pode-se dar
tão mal por causa disso!
MOMENTOS DE HISTERIA
Ninguém deixa de ser seu "ex"
02neuronio@uol.com.br
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