EU NÃO costumava saber quem é Justin Bieber. Lembro que, no início do ano, ouvi falar em uma tal de "Bieber Fever" acontecendo na cultura pop, mas não prestei muita atenção. Quando me mudei para Los Angeles, isso mudou. Agora tento fugir dele e não consigo: o pop star de 16 anos está em todos os lugares.
Depois de assistir a uma entrevista sua na TV, fiquei me perguntando o que o garoto tem que deixa tantas meninas desesperadas. O que reparei é que ele tem uma autoestima tão alta que, publicamente, dá em cima de mulheres como a "reality-star" Kim Kardashian, 30, ou a comediante Chelsea Handler, 35. Desde que foi descoberto no YouTube, há dois anos, já vendeu 4 milhões de álbuns.
Na semana passada, estava no shopping Beverly Center, em Los Angeles, quando ouvi alguém dizer que Justin Bieber estava na Gucci. Corri para chamar minha irmã, e de repente dei de cara com Justin, experimentando um sapato, com dois seguranças. Notei um grupo de garotas novinhas do lado de fora.
Lembrei-me de uma reportagem da revista "Star", que dizia que ele havia ignorado uma fã de cinco anos. E me lembrei de como me sentia quando encontrava um ídolo quando era criança.
"Vocês querem tirar uma foto com ele?", perguntei. "Tenho um pôster gigante dele no quarto, queria muito", respondeu uma fã de oito anos, ao lado da mãe. "As garotas pediram uma foto na Gucci, mas ele disse que não, que estava fazendo compras. Ela tá triste". Quando Justin saiu da loja, tentei ajudar. Ele me ignorou e foi olhar óculos em outro lugar. Achei sacanagem.
Não sabia como consolar a menina e fui para casa pensando: quando um artista está tão famoso, como saber se ele está fazendo o que é melhor para sua segurança ou se está sendo um imbecil? Afinal, por causa de meninas como essas, Justin pode comprar sapatos tão caros.


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