|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
ESTANTE
Cronistas que fizeram história e eternizaram a vida cotidiana em coletânea
LUÍS AUGUSTO FISCHER
COLUNISTA DA FOLHA
A gora parece inacreditável, mas, até
uma geração atrás, a sala de aula escolar quase não deixava entrar a crônica. Os cronistas de jornal não mereciam o crédito que era reservado apenas aos que praticavam modalidades
consideradas superiores de literatura: a
poesia, o romance, o conto.
E ocorria até um caso singular: um
sujeito como Carlos Drummond de
Andrade, poeta com lugar certo na seleção dos melhores da língua portuguesa, podia ser lido na escola, mas como poeta apenas, jamais como cronista. A mesma coisa com a romancista
Clarice Lispector, o poeta Manuel Bandeira e outros. Crônica era coisa para a
vida cotidiana e, portanto, não merecia
as glórias da eternidade.
Mas isso mudou bem. A crônica ganhou respeitabilidade, entre outros
motivos porque foi e é praticada por
gente talentosa. De tal forma que hoje
há autores clássicos da língua brasileira. Drummond, Clarice, Bandeira, Rubem Braga, Paulo Mendes Campos,
Fernando Sabino e Rachel de Queiroz
ajudaram a criar o estilo brasileiro de
fazer crônica e podem ser lidos numa
antologia bem apanhada que se chama
"Elenco de Cronistas Modernos", leitura que dá gosto na escola ou em casa.
"Elenco de Cronistas Modernos"
Autor: Vários
Editora: José Olympio
Contato: 0/xx/21/2585-2060
Quanto: R$ 29
Texto Anterior: Folhateen explica: Qualidade de vida no Brasil melhora, mas ainda é pouco Próximo Texto: Orelha Índice
|