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Sexo & Saúde
Jairo Bouer @ - jbouer@uol.com.br
A nova cara da proteção feminina
O PRESERVATIVO feminino está mudando
de cara, ou melhor, de material. O poliuretano (tipo de plástico) começa a
ser substituído nas prateleiras das farmácias
brasileiras pelo tradicional látex (borracha já
utilizada nas camisinhas masculinas).
O Reality, única proteção feminina que era
vendida no Brasil, feita à base de poliuretano,
deixou de ser distribuído aqui há cerca de um
mês. Algumas unidades, eventualmente, ainda
podem ser encontradas nas farmácias.
No lugar dele, entrou um novo preservativo
feminino feito de látex. Segundo o distribuidor, o custo
do látex nas farmácias vai ser mais baixo do que o do poliuretano. O novo preservativo feminino custa cerca de
R$ 12 (embalagem com duas unidades). O valor ainda é
bem superior ao da camisinha masculina.
Quem deve sofrer com a ausência dos preservativos de
poliuretano são casais em que uma das pessoas é alérgica ao látex (cerca de 1% da população sofre com esse tipo
de problema). Até recentemente, a camisinha feminina
vendida aqui ou a importação de camisinhas masculinas
feitas com o plástico eram as alternativas possíveis.
Uma pesquisa rápida em sites que importam camisinhas masculinas de poliuretano mostra que a embalagem com seis unidades custa até R$ 50. É muito caro!
Em um mercado tão amplo como o dos preservativos,
o ideal seria que diversas alternativas estivessem ao alcance do consumidor. Da mesma forma que temos hoje
camisinhas masculinas (todas de látex) lisas, texturizadas, com reservatório, sem reservatório, com ou sem sabor, de pelo menos três tamanhos, mais finas, mais grossas, com ou sem lubrificante, com ou sem espermicida,
seria bacana que também fossem comercializadas alternativas à base de outros materiais (como o poliuretano).
A nova camisinha exige o mesmo
tipo de colocação da anterior, só
que, além do látex, ela possui uma
pequena esponja em seu interior
(na parte que deve ser introduzida na vagina). Sua borda externa
(abertura) é em formato de V. Ela
já é comercializada em alguns
países da Europa e em outras
partes do mundo.
Agora é testar para saber se o
resultado final é bom (o fabricante promete menos barulho e maior
sensibilidade que a de poliuretano) e
torcer também para que logo um novo
distribuidor coloque uma alternativa de
poliuretano de volta nas prateleiras.
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