São Paulo, segunda-feira, 14 de agosto de 2006

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Sexo & Saúde

Jairo Bouer @ - jbouer@uol.com.br

A nova cara da proteção feminina

O PRESERVATIVO feminino está mudando de cara, ou melhor, de material. O poliuretano (tipo de plástico) começa a ser substituído nas prateleiras das farmácias brasileiras pelo tradicional látex (borracha já utilizada nas camisinhas masculinas).
O Reality, única proteção feminina que era vendida no Brasil, feita à base de poliuretano, deixou de ser distribuído aqui há cerca de um mês. Algumas unidades, eventualmente, ainda podem ser encontradas nas farmácias.
No lugar dele, entrou um novo preservativo feminino feito de látex. Segundo o distribuidor, o custo do látex nas farmácias vai ser mais baixo do que o do poliuretano. O novo preservativo feminino custa cerca de R$ 12 (embalagem com duas unidades). O valor ainda é bem superior ao da camisinha masculina.
Quem deve sofrer com a ausência dos preservativos de poliuretano são casais em que uma das pessoas é alérgica ao látex (cerca de 1% da população sofre com esse tipo de problema). Até recentemente, a camisinha feminina vendida aqui ou a importação de camisinhas masculinas feitas com o plástico eram as alternativas possíveis.
Uma pesquisa rápida em sites que importam camisinhas masculinas de poliuretano mostra que a embalagem com seis unidades custa até R$ 50. É muito caro!
Em um mercado tão amplo como o dos preservativos, o ideal seria que diversas alternativas estivessem ao alcance do consumidor. Da mesma forma que temos hoje camisinhas masculinas (todas de látex) lisas, texturizadas, com reservatório, sem reservatório, com ou sem sabor, de pelo menos três tamanhos, mais finas, mais grossas, com ou sem lubrificante, com ou sem espermicida, seria bacana que também fossem comercializadas alternativas à base de outros materiais (como o poliuretano).
A nova camisinha exige o mesmo tipo de colocação da anterior, só que, além do látex, ela possui uma pequena esponja em seu interior (na parte que deve ser introduzida na vagina). Sua borda externa (abertura) é em formato de V. Ela já é comercializada em alguns países da Europa e em outras partes do mundo.
Agora é testar para saber se o resultado final é bom (o fabricante promete menos barulho e maior sensibilidade que a de poliuretano) e torcer também para que logo um novo distribuidor coloque uma alternativa de poliuretano de volta nas prateleiras.


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