São Paulo, segunda-feira, 14 de outubro de 2002

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CARTAS

GAROTA CONTA COMO FOI VOTAR PELA PRIMEIRA VEZ, E LEITORA PEDE TEXTO SOBRE RENATO RUSSO

A primeira vez
"Esta foi a minha primeira eleição e acho que aprendi muita coisa na fila. Logo que me aproximei da minha zona eleitoral, fui "atacada" por inúmeros braços que faziam questão de entregar o número de seus candidatos. Cheguei a ser acompanhada por uma evangélica que pedia por favor que eu votasse em seu candidato que, com certeza, ele me abençoaria! Como aconteceu em muitos lugares, a fila estava assustadora. Mesmo assim, resolvi ficar e, como estava sozinha, foi inevitável prestar atenção à conversa dos demais eleitores. Essa foi a parte de que eu mais gostei. A calçada estava forrada por fotos de candidatos sorridentes e, aos poucos, esse número de propagandas foi aumentando. Quanto dinheiro jogado fora! Por que, em vez de gastar tanto com propaganda, os candidatos não procuram ajudar aqueles que estão jogados no mesmo chão, como se fossem os panfletinhos políticos ignorados pela população? Aproveitei para fazer uma análise dos eleitores e percebi, entre seus comentários, que, para muitos, eleição é uma perda de tempo. Depois de quase uma hora e meia, pude ir para a fila da minha seção, e, felizmente, na minha frente e atrás de mim, havia pessoas sensatas, que votariam com consciência. Até fizemos uma pequena pesquisa na fila e descobrimos que o voto facultativo só teria levado às urnas, além de mim, mais outras quatro pessoas. Os demais afirmaram que ficariam em casa ou voltariam quando vissem a fila (e pensar que lutamos tanto pelo direito ao voto!!!!). Só mais um comentário que ouvi: "Nós compramos os nossos candidatos como se fossem produtos. Está na hora de aprendermos a votar, está na hora de fortalecer o tripé necessário a este país: emprego, educação e saúde"."
Juliana Salvático, 17 - Santo André, SP

Lembrem Renato Russo
"Na sexta-feira (11/10), fez seis anos que Renato Russo morreu. Como fã, fiquei chateada porque o Folhateen não publicou nem uma notinha sequer. Gostaria de pedir uma reportagem sobre a Legião, que anda tão esquecida..."
Lucielle Machado - Pindamonhangaba - SP

Crítica da crítica
"A coluna escrita por um crítico, seja qual for o assunto, serve apenas para nortear a nossa opinião. Qualquer pessoa, quando comenta algo, coloca seus valores idiossincráticos. Isso é inerente à crítica. Cabe ao leitor interpretar e decodificar a mensagem. Um exemplo: quando o Álvaro Pereira Júnior começou a elogiar o Belle & Sebastian, pensei : "Esse som deve ser uma chatice só" (bingo!). Sendo assim, se você gosta de MPB e ele fala mal, compre, pois você gostará. Por outro lado, se o Álvaro falar bem, fuja!"
Mark Occhiléio, 20 - Ubatuba, SP

Lugar de opinião
"Gostaria de esclarecer ao leitor Marcelo de Souza Carlos (ed. de 7/10) que o que o Álvaro Pereira Júnior escreve é uma coluna (muito boa, diga-se de passagem). Para isso não é necessário ser jornalista. Exemplos disso são as colunas de Jairo Bouer e de Rosely Sayão. O artigo reflete a opinião do autor. Não confunda opinião com informação. A gente estuda para ser jornalista, para saber escrever, para descobrir notícias, maneiras de lidar com elas e de apresentá-las e também para aprender a lidar com pessoas como você, digamos, "pouco esclarecidas". Se você acha que o diploma não vale nada, então, na próxima vez em que ficar doente, em vez de ir a um médico, vá procurar um jornalista."
Renata Rogatto, 19 - Itapira, SP



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