São Paulo, segunda-feira, 15 de janeiro de 2007

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Bandas também reclamam

THIAGO NEY
DA REPORTAGEM LOCAL

Depois do efeito YouTube, Daniella Cicarelli não é das figuras mais populares entre os músicos de bandas brasileiras.
Em pouco mais de um ano, o site tornou-se, ao lado do MySpace, o principal veículo de divulgação para grupos pop, principalmente os de sangue independente, que colocam na rede vídeos, clipes, entrevistas e cenas de apresentações.
"Essa proibição soou como uma censura absurda." Gustavo Riviera, vocalista e guitarrista do Forgotten Boys, não ficou nada feliz com a possibilidade de não conseguir acessar o YouTube. "É um puta canal para promover a banda", justifica, dizendo que usa o site para mostrar clipes do seu grupo.
"É muita sacanagem. Essa proibição afetou milhões de pessoas", opina Rodrigo Koala, vocalista do Hateen. "Atualmente vejo mais clipes no YouTube do que na televisão."
"1997", "Tudo Fora do Lugar", "Não Vá", "Quem Já Perdeu" são algumas canções do Hateen que podem ser ouvidas/vistas por meio do site.
"Nós filmamos os shows e, no dia seguinte, colocamos no site algumas imagens", conta Koala. "Temos fãs que montaram uma comunidade multimídia, com várias imagens de clipes e apresentações, e eles se comunicam pelo YouTube."
Até as grandes gravadoras, sempre atrasadas no meio digital, perceberam -Warner, Sony BMG e Universal entraram em acordo com o site para colocar material de artistas.
Talvez o principal exemplo da penetração do YouTube foi protagonizada pelos indies OK Go. A banda jogou no site um vídeo-caseiro-tiração-de-sarro de "Here It Goes Again", com passos de dança em cima de esteiras. Fez sucesso enorme e levou a banda a apresentá-lo ao vivo no VMA da MTV dos EUA.


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