São Paulo, segunda-feira, 15 de novembro de 2010

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RONALDO LEMOS - ronaldolemos09@gmail.com

"Scott Pilgrim..." também é um filmaço

O FESTIVAL do Rio exibiu há pouco "Scott Pilgrim contra o Mundo".
O filme é baseado em uma série de HQs. Foi um dos maiores fiascos do cinema americano. Custou US$ 60 milhões de dólares. Arrecadou US$ 30 milhões (US$ 45 milhões com as vendas internacionais). Apesar disso é um filmaço.
Ele conta a história de Scott, jovem "indie" canadense. Sem emprego, ele divide a casa com o amigo gay e toca em uma banda.
Tudo muda quando encontra Ramona Flowers, a garota dos seus sonhos (e de qualquer nerd do planeta). Para ficar com ela, vai ter de lutar com sete ex-relacionamentos da garota (incluindo uma ex-namorada).
O filme tem críticas à cultura urbana global. Sobram alfinetadas para nerds, gays, fashionistas e uma homenagem/crítica aos veganos (que não comem nada de origem animal).
É um ótimo exemplo de "transmídia": dá um salto triplo ao misturar quadrinhos, cinema e games.
Quem tiver mais de 30 anos não vai entender grande parte das referências. Quem tiver menos vai perder o fôlego. Isso sem falar que o filme reúne o melhor da nova geração de atores de Hollywood.
Dá também o que pensar. Nem sempre iniciativas "transmídia" dão certo. A mistura de mídias diferentes pode ser incrível, mas pode não haver gente disposta a comprar a ideia.
O público de cinema também está mudando. Pesquisa na Ilustrada mostrou que 40% dos paulistas não vão ao cinema. Dizem que "não gostam". Em várias capitais, jogar videogames supera ir ao cinema, como mostrou pesquisa do MinC.
Talvez o público-alvo de Scott Pilgrim estivesse ocupado demais jogando videogame (sinal disso é que o game do filme ficou no topo dos mais vendidos por um bom tempo). O que explica a surra que levou de "Comer, Rezar, Amar", direcionado a uma faixa etária mais velha e lançado ao mesmo tempo.
Quando Scott estrear na sua cidade, largue o videogame e vá ao cinema.




Já era
O Folhateen falando da novíssima cena musical do Witch House (bit.ly/aE0iIf)

Já é
Witch House no "New York Times" (nyti.ms/9RgPOb)

Já vem
Witch House tocando em uma balada perto de você


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