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São Paulo, segunda-feira, 16 de junho de 2003

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BALÃO

E o Oscar dos quadrinhos vai para...

DIEGO ASSIS
DA REPORTAGEM LOCAL

E, então, Deus criou o homem. E o homem criou Deus. E Deus rendeu ao homem o seu sétimo prêmio HQ Mix. O homem é Laerte. E a história se repete.
Todo ano, quando vejo a lista de premiados do "Oscar do quadrinho nacional" vem aquela pulguinha e fala: "E aí? Quando vão me mostrar algo novo?".
Respeito, aplaudo, não tiro o mérito daqueles que dão o sangue pelo quadrinho nacional e, uma vez por ano, recolhem os frutos de uma vida dedicada a um trabalho ainda considerado "menor" por muito "formador de opinião" por aí.
Todo mundo concorda que Angeli (oito HQ Mix) é um grande chargista, que Lourenço Mutarelli (sete HQ Mix) é um verdadeiro monstro do roteiro, que as graphic novels do recém-morto Flávio Colin (seis HQ Mix) merecem todo o reconhecimento e que a Panini está fazendo um ótimo trabalho com as revistas da Marvel e da DC no país.
Coisa de moleque, talvez, mas fico impaciente. Cadê o Laerte da nossa geração? Cadê o grande escritor do século 21? Cadê as editoras de fundo de quintal preparando o novo "udigrúdi" nacional?
Sei que eles existem, estão por aí, quem sabe ensaiando os primeiros passos nesse espaço aí ao lado. E, como o HQ Mix não tem como ir atrás de todo mundo, você deveria ir até ele (Sesc Pompéia, r. Clélia, 93, SP, 0/xx/11/3871-7700), no próximo dia 24, com um portfólio em baixo de um braço e um bloquinho de autógrafos em baixo do outro.

@ - balao@folha.com.br



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