São Paulo, segunda-feira, 16 de setembro de 2002

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TECNO

China bloqueia buscadores e libera só sites testados e aprovados

MARCELO GRIMBERG
FREE-LANCE PARA A FOLHA

Todos sabemos como é fácil criar um site que contenha informação. Se tiver alguma audiência, então, é possível que, em pouco tempo, já seja localizável no Google, o principal buscador da rede.
Pois bem, na China, segundo maior país em quantidade de internautas (atrás apenas dos EUA), onde a rede tem sido considerada, em parte, um método de luta contra o governo, o Google e o Altavista foram bloqueados. Se o cara, agora, tenta usar um desses sistemas, cai em um portal com conteúdo testado e aprovado por autoridades cibernéticas chinesas.
Para piorar o, digamos, grau de subversão do Google, ele tem um "cache" -a memória que utiliza para realizar as pesquisas- que pode ser visualizado. Na prática, se não der para acessar o site da CNN, por exemplo, pode-se ver um espelho dele sem sair do Google.
A iniciativa não é nova. Na Arábia Saudita, são restritos milhares de sites que tratam de temas que vão de religião a sexo, passando por saúde e cultura pop. Cada país tenta preservar seus interesses do jeito que acha melhor, mas talvez tapar os olhos do povo não resolva muita coisa por muito tempo. Uma coisa é certa, no entanto. Impedir o uso de mecanismos de busca é uma sacanagem quase tão grande quanto tirar a bengala de deficientes visuais.

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