Mais um ano em que o rap nacional mostrou seu poder de sair da mesmice para reinventar-se com o apoio do samba, do soul e da MPB. As grandes revelações do ano foram os rappers Sabotage -responsável pela ótima trilha do filme "O Invasor", de Beto Brant, e por participações no CD do coletivo Instituto- e Nega Gizza, que despontou com "Na Humildade" como a voz feminina de um gênero em que predominam os manos. MV Bill lançou um disco repleto de referências à música brasileira e com versos inspirados.
Já o grupo supra-sumo do rap, o Racionais MC's, voltou às paradas -de onde na verdade nunca saiu- com o duplo "Nada Como um Dia Após o Outro Dia". Foram lançados os bons CDs de 509-E e de Z'África Brasil -eleito como um dos melhores do ano pelo Folhateen.
Enquanto isso, o berço do hip hop se viu envolvido por uma queda-de-braço. Eminem reinava nas paradas com o ótimo "The Eminem Show" quando Nelly apareceu com o divertido "Nellyville". Quem ganhou com o embate entre os dois novos clássicos foi quem gosta de rap, pois os dois CD saíram no Brasil.
E quem quiser conferir o rap de primeira do Primeiro Mundo, deve ouvir "We Invented the Remix", de P. Diddy, e a coletânea com a história do Run-DMC.


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