MARCELO VAZ
FREE-LANCE PARA A FOLHA

Em 1945, muito antes dos computadores pessoais, o pesquisador norte-americano Vannevar Bush (1890-1974) escreveu que, no futuro, um dispositivo chamado Memex permitiria às pessoas armazenar todos os seus "livros, discos e comunicações".
Somente agora, quase 60 anos depois, o Memex foi sistematizado de maneira palpável. Sua versão atual, chamada MyLifeBits (http://research.microsoft.com/barc/
MediaPresence/MyLifeBits.aspx), sustenta que, daqui a cinco anos, dispositivos de gravação de um terabyte (1.000 gigabytes) estarão com preço baixo o suficiente para que cada pessoa tenha um Memex.
Essa ampla capacidade permitirá incluir, por dia, durante um ano, quatro horas de vídeo, 26 horas de áudio, 2.900 documentos de texto ou 9.800 fotos. Todas as falas e ações poderão ser registradas. Links as ligarão a outras entradas, e tudo será acompanhado de conteúdo multimídia. Para facilitar a localização, anotações por comando de voz.
Com esse amplo banco de dados pessoal, não será preciso ter, fisicamente, nada, além do MyLifeBits -foto, vídeo, papel etc. O exercício da memória, então, será menos necessário ainda: meu Google pessoal me dirá precisamente cada coisa que fiz e quando a fiz. Ótimo, desde que não dê "pau" na máquina.

E-mail - walabibi@uol.com.br


Texto Anterior: 02 neurônio: Pedidos para o Papai Noel
Próximo Texto: internotas
Índice