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BALÃO
Coquetel molotov dos quadrinhos
DIEGO ASSIS
DA REPORTAGEM LOCAL
Faltou pelo menos um nome na escalação do festival cultural/ativista Mídia
Tática Brasil, que terminou ontem em
São Paulo: o do quadrinista Brian Wood.
Conhece? Pois, desde que deu a cara a
tapa com a HQ "Channel Zero" (2000),
ele tem sido um dos principais artistas a
trazer para as HQs o visual e os conceitos
por trás desses tais "guerrilheiros midiáticos", que fazem da net e da tecnologia o
coquetel molotov do século 21.
Com jeitão de fanzine xerocado e linguagem (anti)publicitária, "Channel Zero" mergulha na paranóia sempre iminente de "E se o Governo Tomasse Conta
da Mídia e Ninguém se Importasse com
Isso?". Romances como "1984", de George Orwell, "Blade Runner", de Phillip K.
Dick, e "Admirável Mundo Novo", de
Aldous Huxley, são referências óbvias.
Mas ultrapassadas.
A heroína do momento é Jennie 2.5,
ex-estudante de arte, hacker e inimiga
número 1 do governo americano.
E ela está de volta. "Channel Zero: Jennie One", recém-lançada pela AiT/PlanetLar (www.ait-planetlar.com), com
texto de Wood e arte de Becky Cloonan,
conta as origens da personagem, desde o
início da militância. "Alguém nos lembrou de para que servem os quadrinhos." Quem diz é Warren Ellis, criador
da não menos panfletária "Transmetropolitan" e padrinho de Brian Wood.
Não conhece também? Google nos
dois.
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