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São Paulo, segunda-feira, 17 de março de 2003

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BALÃO

Coquetel molotov dos quadrinhos

DIEGO ASSIS
DA REPORTAGEM LOCAL

Faltou pelo menos um nome na escalação do festival cultural/ativista Mídia Tática Brasil, que terminou ontem em São Paulo: o do quadrinista Brian Wood.
Conhece? Pois, desde que deu a cara a tapa com a HQ "Channel Zero" (2000), ele tem sido um dos principais artistas a trazer para as HQs o visual e os conceitos por trás desses tais "guerrilheiros midiáticos", que fazem da net e da tecnologia o coquetel molotov do século 21.
Com jeitão de fanzine xerocado e linguagem (anti)publicitária, "Channel Zero" mergulha na paranóia sempre iminente de "E se o Governo Tomasse Conta da Mídia e Ninguém se Importasse com Isso?". Romances como "1984", de George Orwell, "Blade Runner", de Phillip K. Dick, e "Admirável Mundo Novo", de Aldous Huxley, são referências óbvias. Mas ultrapassadas.
A heroína do momento é Jennie 2.5, ex-estudante de arte, hacker e inimiga número 1 do governo americano.
E ela está de volta. "Channel Zero: Jennie One", recém-lançada pela AiT/PlanetLar (www.ait-planetlar.com), com texto de Wood e arte de Becky Cloonan, conta as origens da personagem, desde o início da militância. "Alguém nos lembrou de para que servem os quadrinhos." Quem diz é Warren Ellis, criador da não menos panfletária "Transmetropolitan" e padrinho de Brian Wood.
Não conhece também? Google nos dois.


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