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Covers se acham tão bons quanto ídolos
DA REPORTAGEM LOCAL
É verson Cândido, do U2 Brasil, garante que tocar
igualzinho e copiar toda a indumentária da banda
original é uma questão de respeito ao público. "Não fazemos um simples teatrinho. Se a pessoa vai ao nosso
show, é porque quer ver uma banda a mais parecida
possível com a original", diz. Ele garante que existe até
um fã-clube para a banda e arrisca: "Acho que peguei
um sotaque parecido com o do Bono".
A Bon Jovi Crossroads é um exemplo de que, às vezes,
quem confunde a banda original com a cover são os fãs:
"No final de um show, umas garotas invadiram nosso
camarim", lembra o guitarrista Marcelo David, 23, que
é tão fanático pelo guitarrista Ritchie Sambora, do Bon
Jovi, que desembolsou R$ 4.000 para ter uma guitarra
igual à do ídolo.
As gravadoras parecem estar gostando dessa história
de bandas covers. Já que o Pearl Jam verdadeiro ainda
não veio ao país, a gravadora Sony resolveu contratar o
Pearl Jam Cover para fazer o show de lançamento no
Brasil do novo CD da banda de Seattle, em agosto. Segundo o vocalista Márcio Nunes, 27, a banda, que faz
seis shows por semana há oito anos, tem uma sonoridade idêntica à da banda original. O figurino também.
Já o Red Hot Chili Peppers Cover não se preocupa em
copiar o visual dos ídolos. A banda, que também compõe músicas próprias com o nome de Elefunk! (veja o
Programa na pág. 3), garante que a maior preocupação
é mesmo o som. Já Gabriela Pizzoti, a Alanis Morissette,
diz que a maior diferença é mesmo o cachê: "Uma vez,
nos pagaram com cheeseburgers e refrigerantes".
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