São Paulo, segunda-feira, 18 de abril de 2011 |
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SEXO & SAÚDE JAIRO BOUER - jbouer@uol.com.br Homofobia e machismo são parentes próximos DUAS HISTÓRIAS que aconteceram em Minas Gerais nas últimas semanas mostram o quanto ainda precisamos discutir questões fundamentais de respeito aos direitos individuais e de combate ao preconceito. Aliás, os leitores desta coluna devem ter percebido que temos batido com frequência nessa tecla, frente à quantidade de absurdos que temos visto em nosso país. Em uma partida pelas semifinais da Superliga de Vôlei, o jogador Michael, do Vôlei Futuro, foi chamado de "gay" e "bicha" por boa parte da torcida do Sada/ Cruzeiro, no ginásio em Contagem (MG). Seu time perdeu e ele veio a público se assumir e pedir respeito. No jogo de volta, em Araçatuba (527 km de São Paulo), a torcida e o Vôlei Futuro prestaram uma homenagem ao jogador, se posicionando claramente contra a homofobia. Ponto para eles! O time ganhou em mais de um sentido! O Cruzeiro foi multado. Além da multa, o próximo jogo, agendado para Contagem, não deveria ser mudado, como forma de educar a torcida? Outro episódio de preconceito e de discriminação às mulheres aconteceu em Belo Horizonte. No material de divulgação de uma festa para adolescentes de 12 a 17 anos, os promotores prometiam brindes para "meninas que ficassem com meninos". Como assim? O brinde era um colar, e a menina que chegasse ao final da festa com mais colares ganharia um ingresso para o Axé Brasil, grande festival de música baiana. A festa foi cancelada depois que grupos de médicos encaminharam uma carta ao Ministério Público. Homofobia e machismo são parentes próximos! Formas feias de preconceito. Para um país que pretende ocupar papel importante no mundo, não basta desenvolvimento econômico! Sem educação e sem uma sociedade justa, que garanta direitos iguais a todos os cidadãos, a gente não chega lá! Texto Anterior: Super-Luan Próximo Texto: Além da fábula Índice | Comunicar Erros |
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