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São Paulo, segunda-feira, 18 de agosto de 2003

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GAME ON

Cada um já pode ser dono de seu próprio mundo

ANDRÉ VAISMAN
FREE-LANCE PARA A FOLHA

Há duas semanas, não toco em um game de console. Não se trata de enjôo, tédio ou de falta de jogos novos.
Meu problema começou quando lançaram "Age of Empires". Até então, não tinha dado atenção aos jogos de estratégia. Preferia um bom futebol, uma corrida ou enfiar tiro em nazista e em zumbi.
A situação piorou com o pacote de expansão para o "Age of Empires". Os gráficos e a jogabilidade melhoraram muito com o "Age of Kings". No final do ano passado, o mesmo estúdio (Ensemble) soltou no mercado o "Age of Mithology". Ai que encrenca... Horas, dias e semanas entre gregos, nórdicos e egípcios.
No começo deste ano, a Electronic Arts aprimorou a série "Command & Conquer" e entrou na briga com "Generals". Por fim, para consolidar as férias forçadas dos consoles, a Big Huge Games e sua parceira, Microsoft, colocam no mercado o "Rise of Nations". Se você já jogou alguma vez o jogo de tabuleiro "War", saiba que finalmente ele encontrou boa tradução eletrônica.
Não paro de me perguntar por que esses games vendem tanto e atraem jogadores de dez anos assim como marmanjos de quase 40. E é aí que reside a beleza do videogame.
Nesses jogos, somos deuses. Implacáveis, temperamentais, cheios de compaixão, gananciosos, vingativos e mais uma centena de adjetivos divinos. É esse o prazer e a glória dos brinquedos eletrônicos: a possibilidade de fantasiar e de se divertir, sendo e fazendo o que a gente não é e não faz.


Colaborou Fabio Silva

@ - gameon@folha.com.br


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