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São Paulo, segunda-feira, 18 de agosto de 2003

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ESTANTE

O olhar também precisa aprender a enxergar

LUÍS AUGUSTO FISCHER
COLUNISTA DA FOLHA

Há uma historinha adorável, contada por Eduardo Galeano, escritor uruguaio, que diz que um pai, morador lá do interior do país, levou seu filho até a beira do mar. O menino nunca tinha visto aquela massa de água infinita. Os dois pararam sobre um morro. O menino, segurando a mão do pai, disse a ele: "Pai, me ajuda a olhar". Pode parecer uma espécie de fantasia, mas deve ser a exata verdade, representando a sensação de faltarem não só palavras mas também capacidade para entender o que é que estava se passando ali.
Agora imagine o que se passa quando qualquer um de nós pára diante de uma grande obra de arte visual: como olhar para aquilo e construir seu sentido na nossa percepção? Só com auxílio mesmo. Não quer dizer que a gente não se emocione apenas por ser exposto a um clássico absoluto, um Picasso ou um Niemeyer ou um Caravaggio. Quer dizer apenas que a gente pode ver melhor se entender a lógica da criação.
Então, aí vai a sugestão: as belas e instrutivas páginas de "Os Segredos da Arte", de Elizabeth Newbery. Dividindo os assuntos em oito seções, que vão da cor até a perspectiva, o livro faz um belo serviço pela educação visual.

"Os Segredos da Arte"
Autor: Elizabeth Newbery
Tradução: Maria da Anunciação Rodrigues
Editora: Ática
Contato: 0/xx/11/3346-3000
Quanto: R$ 16,90



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