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MÚSICA
Ex-integrantes do grupo se reúnem sem o vocalista Scott Stapp para formar o Alter Bridge, que lança "One Day Remains"
Creed em dobro
DA REPORTAGEM LOCAL
Os fãs que choraram o fim do grupo
americano Creed, do hit "With
Arms Wide Open", ganharam de
volta uma boa notícia e em dobro. A banda
se dividiu em duas: de um lado, o vocalista
Scott Stapp pretende lançar seu primeiro
álbum solo entre o fim deste ano e o começo do ano que vem; de outro, os integrantes
remanescentes se juntaram para criar o Alter Bridge, que lança agora no Brasil o álbum de estréia, "One Day Remains".
Para assumir o microfone da banda, foi
convocado o vocalista Myles Kennedy, que
integrava o grupo Mayfield Four. Já para o
baixo, o Alter Bridge recrutou novamente
Brian Marshall, que deixou o Creed no
meio do ano 2000 e transformou o quarteto
em um trio que durou até o início de 2004.
A saída de Scott Stapp parece ter sido um
alívio para o resto do Creed, como contou
ao Folhateen o baterista Scott Phillips, por
telefone, durante a passagem de som de um
show em Nova York, no início do mês.
"Foi uma decisão coletiva. Mark [Tremonti, guitarrista] e eu sabíamos que isso
aconteceria. Tentamos trabalhar no quarto
disco do Creed, mas não deu certo. Quisemos nos separar de Scott e criar o Alter
Bridge. Scott agora trabalha no seu próprio
material e saiu do caminho para que pudéssemos fazer o que estávamos a fim. É
sempre saudável mudar para melhor", diz.
"Perdemos a habilidade de nos comunicar. Não conseguíamos mais nos relacionar
com Scott Stapp. Não resolvíamos os problemas, não prestávamos atenção uns nos
outros até ficar tarde demais para resolvermos nossas diferenças", explica.
O baterista não acha que a mesma banda
com um vocalista diferente faz uma cópia
do Creed. "Com o Alter Bridge, temos a
oportunidade de fazer um som mais pesado e agressivo, que é algo que perdemos
com o Creed e estamos reconquistando.
Mark e Myles trazem um jeito diferente de
compor. Os temas do Alter Bridge têm
mais a ver com a condição humana e com a
vida diária, enquanto Scott Stapp tinha
uma visão mais espiritual."
Segundo ele, a banda não tem sofrido o
problema encarado pelo Velvet Revolver,
cuja platéia dos shows não pára de pedir
músicas do Guns N'Roses. "Ninguém tem
pedido para a gente tocar Creed, o que é
bom. Decidimos desde o início que tocaríamos apenas as nossas próprias músicas e
algumas covers dos anos 70, mas ninguém
parece querer ouvir músicas do Creed."
Sobre a pressão de repetir o mesmo sucesso milionário do Creed, Scott Phillips
diz o seguinte: "Acho que é muito difícil repetir isso. É claro que todos nós adoraríamos isso, mas não é uma expectativa que
temos. Estamos felizes com o disco, com o
jeito que a banda é e com o nível de excitação dos nossos fãs. Se ficarmos tão grandes
quanto o Creed será sensacional mas, se
não ficarmos, também estaremos satisfeitos".
(LEANDRO FORTINO)
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