São Paulo, segunda-feira, 18 de outubro de 2010

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Duelo contra o 'Sistema'

EM "TROPA DE ELITE 2", NASCIMENTO TEM NOVO INIMIGO

Alexandre Lima/Divulgação
Cena de ‘Tropa de Elite 2’

TARSO ARAUJO
DE SÃO PAULO

Há três anos, o diretor José Padilha contou como uma tropa de elite virou o terror dos traficantes no Rio. Agora, ele mostra como nem isso resolve o problema da violência, com a corrupção espalhada das favelas a Brasília.
Em "Tropa de Elite 2", o (agora) coronel Nascimento, interpretado por Wagner Moura, troca a boina do Bope (Batalhão de Operações Especiais) por uma gravata de alto funcionário da Secretaria de Segurança Pública.
Seu novo inimigo são as milícias, grupos armados que, na última década, têm substituído traficantes no controle dos morros cariocas, subjugando e explorando a população local.
Associadas a outros grupos poderosos, como integrantes da mídia e políticos, elas são bem mais difíceis de vencer com tiros de fuzil.
Esse conjunto de forças é o tal "sistema" a que Nascimento se refere no filme. Uma rede complexa de poderosos e seus interesses, que torna a trama mais complexa do que a disputa entre mocinhos e bandidos.
O interessante é que "Tropa de Elite 2" conta uma história que começou nesta mesma década e que ainda não acabou -assim como "Guerra ao Terror" (2009), vencedor do último Oscar, fez com a guerra do Iraque.
Essa atualidade, somada ao realismo das favelas e "caveirões" de verdade usados no filme, tem ajudado "Tropa de Elite 2" a bater todos os recordes de bilheteria do cinema brasileiro. Essa batalha, pelo menos, o capitão Nascimento tem tudo para ganhar.


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