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comportamento
Cuidado para não se estressar no jogo
Médicos alertam para os problemas causados por muitas
horas seguidas de game, seja em casa, seja na LAN house
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
De vez em quando, o
mundo dos games é
abalado por terríveis notícias, geralmente vindas lá do
Oriente. Há pouco mais de um
ano, por exemplo, correu a história da morte de uma menina
chinesa que passou 56 horas direto jogando "World of Warcraft". A causa da morte da menina, apresentada nos noticiários apenas pelo nickname
"Snowly", foi uma combinação
da fadiga aguda desenvolvida
no período ininterrupto de jogo
(estresse físico) com o alto grau
de estresse mental .
Em outro caso, de 2002, o garoto Lei Pui Sang, 17, teve uma
parada cardíaca na LAN em que
trabalhava, em Hong Kong. Ele
jogava "Diablo 2" dez horas por
dia e dormia apenas duas.
O médico Jou Eel Jia, que
cuida de quadros de estafa da
mente e do corpo, já tratou de
adolescentes que apresentaram disfunções por jogarem
muito videogame. Segundo ele,
é possível, sim, que alguém
morra de muito jogar, dependendo do nível de estresse.
Explica-se: há o grau de alerta, que é até positivo para nossas conquistas. No entanto,
quando prolongado demais
atinge-se o grau de resistência,
onde começam os problemas e
o organismo se fragiliza. Depois
disso vem o grau de exaustão:
"Nessa fase começam a aparecer doenças psicossomáticas,
como um enfarto do miocárdio,
úlcera gástrica, aumento da
pressão e doenças degenerativas, que podem levar à morte
súbita".
Epilepsia
Você já deve ter reparado que
os manuais de games sempre
trazem uma advertência sobre
os riscos de ataques epilépticos
que os jogadores podem sofrer
numa partida. Para o neurologista Milberto Scaff, do hospital
Sírio Libanês, esses ataques,
além de possíveis convulsões,
perda da consciência, tontura e
visão turva, estão relacionados
com "a velocidade da alternância das luzes no game".
"Dependendo da quantidade
de frames por segundo, essa alternância pode despertar a manifestação de doenças congênitas até então desconhecidas,
como a epilepsia fotossensível." De acordo com o neurologista, ela pode também se manifestar em outras situações.
"Por exemplo, quando um jovem sai para uma danceteria e o
pisca-pisca muito veloz dos estrobos ocasiona o ataque epiléptico." Com relação à visão
turva, Scaff tranqüiliza a galera:
"Isso se resolve com um simples repouso".
(EDUARDO RIBEIRO)
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