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Álvaro Pereira Júnior - cby2k@uol.com.br
Notas a esmo sobre este ano
CANÇÕES: "Punkrocker", dos Teddybears, com Iggy Pop. Iggy dirige sem as
mãos, a polícia vai atrás, ele está cansado de ser Deus, morre na Bleecker St. (Greenwich Village). Trilha sonora perfeita para o
ano em que o CBGBs fechou.
"Harrowdon Hill", de Thom Yorke. Pela letra: "Pensamos as mesmas coisas ao mesmo
tempo".
Álbuns: "Return to Cookie Mountain", TV
on the Radio: sombrio, ousado... rock?
"Standing in the Way of Control", Gossip:
quase todas as faixas são arrasadoras, com som disco
punk e letras black de mentira.
Descoberta: www.triplej.net.au. A rádio alternativa
da Austrália, nos moldes da BBC 1 inglesa. Transmissão em 128 kbps, qualidade de CD, e 13 horas à nossa
frente (isso no relógio, porque, na programação, está
13 anos adiante).
Vexames: "A Dama na Água", filme de M. Night
Shyamalan. Uma espécie de sereia surge na piscina de
um prédio de apartamentos habitado pelas pessoas
menos interessantes do planeta. De dar pena.
"Sam's Town", Killers. De posse de grandes canções,
uma banda embarca em um caminho descendente de
tentar se transformar em Bruce Springsteen, U2 e
Queen, tudo junto.
Revoluções: YouTube. De graça e fácil de usar, o
YouTube ocupa em nossos corações e mentes o lugar
que já foi dos canais de TV jovens.
MySpace.com. O site de relacionamentos se consagra como a maneira de conhecer novos artistas e fazer
contato com eles.
Sucesso: Cansei de Ser Sexy explode no circuito indie chique europeu. Pela primeira vez desde o Sepultura, um grupo brasileiro é respeitado no exterior fora
dos guetos de brasileiros expatriados e dos fãs da
world music. Goste-se ou não do CSS, o sucesso da
banda é real.
Mistério: O Muse, uma espécie de Coldplay ainda
mais exagerado, ganha o respeito do público e da crítica internacionais.
Filme: "Borat". Falso documentário em que um "repórter" do Cazaquistão vai aos EUA registrar as modernidades da vida americana. Só um detalhe: os entrevistados não sabem que se trata de uma comédia
-acham que estão participando mesmo de um documentário cazaque. A comédia -e talvez o cinema como um todo- levados e uma nova dimensão.
Livro: "The Looming Tower", de Lawrence Wright.
O repórter da "New Yorker" disseca as origens do terrorismo islâmico, desde os escritos radicais de Sayyid
Qutb no Egito dos anos 50 ao niilismo demencial de
Osama Bin Laden no século 21.
Equações: Projeto editorial consistente + gás juvenil = "Rolling Stone" brasileira
"New Yorker" - jornalismo = "Piauí"
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