São Paulo, segunda-feira, 18 de dezembro de 2006

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Álvaro Pereira Júnior - cby2k@uol.com.br

Notas a esmo sobre este ano

CANÇÕES: "Punkrocker", dos Teddybears, com Iggy Pop. Iggy dirige sem as mãos, a polícia vai atrás, ele está cansado de ser Deus, morre na Bleecker St. (Greenwich Village). Trilha sonora perfeita para o ano em que o CBGBs fechou.
"Harrowdon Hill", de Thom Yorke. Pela letra: "Pensamos as mesmas coisas ao mesmo tempo".
Álbuns: "Return to Cookie Mountain", TV on the Radio: sombrio, ousado... rock?
"Standing in the Way of Control", Gossip: quase todas as faixas são arrasadoras, com som disco punk e letras black de mentira.
Descoberta: www.triplej.net.au. A rádio alternativa da Austrália, nos moldes da BBC 1 inglesa. Transmissão em 128 kbps, qualidade de CD, e 13 horas à nossa frente (isso no relógio, porque, na programação, está 13 anos adiante).
Vexames: "A Dama na Água", filme de M. Night Shyamalan. Uma espécie de sereia surge na piscina de um prédio de apartamentos habitado pelas pessoas menos interessantes do planeta. De dar pena.
"Sam's Town", Killers. De posse de grandes canções, uma banda embarca em um caminho descendente de tentar se transformar em Bruce Springsteen, U2 e Queen, tudo junto.
Revoluções: YouTube. De graça e fácil de usar, o YouTube ocupa em nossos corações e mentes o lugar que já foi dos canais de TV jovens.
MySpace.com. O site de relacionamentos se consagra como a maneira de conhecer novos artistas e fazer contato com eles.
Sucesso: Cansei de Ser Sexy explode no circuito indie chique europeu. Pela primeira vez desde o Sepultura, um grupo brasileiro é respeitado no exterior fora dos guetos de brasileiros expatriados e dos fãs da world music. Goste-se ou não do CSS, o sucesso da banda é real.
Mistério: O Muse, uma espécie de Coldplay ainda mais exagerado, ganha o respeito do público e da crítica internacionais.
Filme: "Borat". Falso documentário em que um "repórter" do Cazaquistão vai aos EUA registrar as modernidades da vida americana. Só um detalhe: os entrevistados não sabem que se trata de uma comédia -acham que estão participando mesmo de um documentário cazaque. A comédia -e talvez o cinema como um todo- levados e uma nova dimensão.
Livro: "The Looming Tower", de Lawrence Wright. O repórter da "New Yorker" disseca as origens do terrorismo islâmico, desde os escritos radicais de Sayyid Qutb no Egito dos anos 50 ao niilismo demencial de Osama Bin Laden no século 21.
Equações: Projeto editorial consistente + gás juvenil = "Rolling Stone" brasileira
"New Yorker" - jornalismo = "Piauí"


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