Novo trabalho do Take That dá sobrevida ao moribundo CD e é lançado no Brasil

SYLVIA COLOMBO
DA REPORTAGEM LOCAL

Até pouco tempo atrás, era impossível imaginar um mundo sem lojas de discos. Era como pensar num zoológico sem girafas. Ou num hospital sem pacientes.
Que os downloads de música na internet estão acabando com os CDs, já sabemos. Ainda assim, é assustador andar pelas ruas de Londres, a meca do pop, e ver placas de tradicionais cadeias como Tower, Virgin e Zavvi desaparecendo do mapa.
Mas, mesmo nesse cenário sombrio, agravado pela crise mundial, algumas bandas fizeram com que os ingleses colocassem a mão no bolso para comprar esses objetos tão obsoletos. São elas: The Killers, Girls Aloud e Take That.
Os números otimistas são da BPI, associação de gravadoras do país que registrou, nas últimas semanas de 2008, vendas surpreendentes, por conta de lançamentos desses grupos.
O novo álbum do Take That, "The Circus", acaba de chegar aqui. A banda ficou famosa nos anos 90 por integrar a febre das "boy bands", da qual faziam parte New Kids on the Block, Backstreet Boys -que fazem show aqui dia 5 de março-, 5ive, Boyzone e outras.
E também por ter lançado Robbie Williams, que deixou os colegas em 1995 para virar um superstar pop de lotar estádios.
"The Circus" não traz novidades na fórmula dessas bandas: bem produzido, cheio de baladas com refrãos para sair cantando e faixas para encaixar em coreografias ensaiadas. Já os temas são mais reflexivos. Natural, garotos envelhecem.
Algumas músicas enjoam de tão açucaradas, como "What is Love" e "You". Já "The Garden" ou "How Did It Come to This" têm melodias vigorosas e letras que superam o simplismo romântico dominante.
Ou seja, não seria estranho ouvi-las no repertório do Coldplay ou do Keane. Fica, então, a provocação. Por que tantas loas a estes e tanto preconceito da crítica com relação ao Take That? Os fãs respondem, dando sobrevida ao moribundo CD.


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