São Paulo, segunda-feira, 19 de março de 2007

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ambiente

O Brasil quer entrar na onda

Artistas nacionais, como o grupo O Rappa, Sandy & Júnior e a atriz Regina Casé, começam a assumir postura sustentável

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

A s baladas daqui ainda estão longe de se tornar sustentáveis, apesar das expectativas dos especialistas ouvidos pelo Folhateen.
O envolvimento de artistas, bandas e festas na causa pode ser um meio de mostrar a importância de conservar o ambiente. "Toda vez que um artista assume uma postura sustentável de forma séria e conseqüente, acaba influenciando muito mais as pessoas a enxergar o quanto é importante elas mudarem suas vidas", afirma Eduardo Petit, diretor de marketing e responsável pela divisão CarbonoNeutro da empresa MaxAmbiental.
A empresa já neutralizou o show do grupo O Rappa no aniversário da ONG S.O.S Mata Atlântica, em junho de 2006, e acaba de fechar um acordo com a dupla Sandy e Júnior e com a atriz Regina Casé.
"Essa questão vai se tornar uma obrigatoriedade. Estamos vivendo uma revolução cultural que vai transformar significativamente o comportamento das pessoas", espera Petit.
Quem também almeja uma maior preocupação com a questão do aquecimento Global aqui no Brasil é Francisco Maciel, diretor da ONG Green Initiative, responsável pela neutralização do festival Pop Rock Brasil 2006, em Belo Horizonte, da estréia da nova turnê do grupo Jeito Moleque e da edição de inverno 2007 da SP Fashion Week.
"Nossa média [de projetos de neutralização] tem aumentado significativamente, sendo que temos atendido adesões de instituições de todos os tipos", diz.
A questão também é uma preocupação para quem organiza festas, como a empresa No Limits-Eventos, que chega a reunir 30 mil pessoas por mês em festas open air, como a famosa XXXperience.
Nessas raves, por enquanto, o único trabalho ecologicamente consciente desenvolvido é a coleta seletiva da grande quantidade de lixo produzida.
Renato Ratier, DJ e proprietário do clube D.Edge, em São Paulo, elogia o projeto da balada sustentável desenvolvido na Holanda. "Estamos estudando a viabilidade de algumas dessas idéias e pesquisando outras medidas que podem ser adotadas na casa e no projeto de expansão dela", afirma.
Uma ótima iniciativa para o clube, cujo projeto de iluminação usa 200 retângulos de luz ligados por mais de 10 km de fiação elétrica e três equalizadores gráficos gigantes.
(GLAUCO SABINO)

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