São Paulo, segunda-feira, 19 de abril de 2004

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Saiba mais sobre as Diretas

DA REPORTAGEM LOCAL

Nem sempre os brasileiros puderam votar para escolher seu presidente. Na ditadura militar (que durou de 1964 a 1985), o presidente era escolhido pelo Colégio Eleitoral, formado por deputados e senadores.
Em 1982, as pessoas haviam votado para escolher os governadores na primeira eleição direta desde 1964. Então, em março de 1983, o então deputado federal Dante de Oliveira (PMDB-MT) apresentou uma emenda constitucional que propunha a volta das eleições diretas para presidente.
Naquele ano, começaram as articulações entre os líderes de vários partidos para a criação de uma frente em defesa das eleições diretas. O primeiro comício em São Paulo aconteceu em 27 de novembro na praça Charles Müller e reuniu cerca de 15 mil pessoas. A partir de então, vários comícios foram organizados pelo país todo.
A primeira grande manifestação pró-diretas aconteceu no dia 25 de janeiro de 1984, quando mais de 200 mil pessoas se reuniram na praça da Sé. Lá, teria sido gritado pela primeira vez o bordão "Diretas-Já!", que tomou conta das ruas, em adesivos de carros, camisetas, cartazes e bottons.
Em abril, os comícios da Candelária, no Rio, e do vale do Anhangabaú, em São Paulo, reuniram juntos 1 milhão de pessoas. No dia 25 de abril, entretanto, a emenda das diretas foi derrotada no Congresso Nacional. Faltaram 22 votos para a aprovação. As eleições diretas para presidente foram restituídas pela Constituição de 1988. (AK)


Texto Anterior: Filhotes da democracia
Próximo Texto: Sexo e saúde: Virgindade da namorada causa ansiedade
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.