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A música é mais escura do que a vida
Vocal do Evanescence, Amy Lee chega ao Brasil em novembro para show em SP
Mastrangelo Reino - 21.abr.07/Folha Imagem
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Amy Lee canta em show da banda, em 2007
DIOGO BERCITO
DA REPORTAGEM LOCAL
Nossos bosques têm mais
vida, nossas vidas têm
mais amores e nossos
fãs de Evanescence gritam
mais alto -pelo menos é o que
diz Amy Lee, vocalista da banda, que toca no Brasil em novembro. "Eles são simplesmente malucos", completa, por telefone, em entrevista à Folha.
Não será a primeira passagem por aqui da musa dos góticos. E, em 2010, um novo álbum deve aparecer nas lojas.
Apesar do tom pessimista de
suas letras e do visual "dark" de
seus clipes e shows, Lee afirma
que é, na verdade, uma pessoa
bem alegre. "Mas a música é
mais escura do que a vida."
FOLHA - Você já tocou no Brasil antes. Como foi?
AMY LEE - Foi uma experiência
muito, muito boa. Os fãs brasileiros são extremamente apaixonados. São simplesmente
malucos. Eles gritam mais alto
do que os outros.
FOLHA - O que dá para adiantar sobre o novo álbum?
LEE - Não quero dizer muito.
Estou animada. Demorou para
encontrar o caminho. Vai ser
surpreendente, mas satisfatório. Ah, não quero ser específica
demais... Mas será bem legal, e
bem diferente.
FOLHA - Há uma canção nova da
banda, tocada em um show, que os
fãs apelidaram de "Wait Forever"
[esperar para sempre, em inglês].
Ela estará no CD?
LEE - Eu chamo essa música de
"Your Love" [seu amor]. Não é
uma boa síntese do álbum. Mas
é ótima. Foi uma das primeiras
que escrevi para o novo disco.
FOLHA - Como você classificaria a
música que faz, se precisa defini-la?
LEE - A palavra "gótico" faz
sentido, sim. Mas há muito
mais do que isso. Há até mesmo
hip hop, pop, rock, metal, clássico... Muitos gêneros. Um pouco de tudo o que é bom!
FOLHA - Como o gótico influencia
seu trabalho?
LEE - É difícil responder. Para
mim, há escuridão nas nossas
músicas. E paixão. Não sou
uma pessoa "dark" e infeliz.
Sou feliz, na vida real. Mas a
música é mais escura do que a
vida normal. Acho que a música
tem de significar alguma coisa.
Se você não sente nada...
FOLHA - Você curte ler livros de
vampiro, como "Crepúsculo"?
LEE - Honestamente, eu era fã
de vampiros há muitos anos.
Quando era adolescente, amava Anne Rice [autora de "Entrevista com o Vampiro"]. Ah,
"Crepúsculo" é legal. Eu li o livro. Mas é só isso.
FOLHA - Evanescence começou durante um acampamento cristão.
Quão cristã é a banda, hoje?
LEE - Não influenciou nossa
música. Quero dizer, tudo sobre mim passa para a minha
música, e eu sou cristã. Sou fascinada pelo que há depois da
morte, fui exposta a isso muito
cedo. Minha irmã morreu
quando eu era criança, e esse
evento foi central para a minha
inspiração.
FOLHA - O que você ouve de música, hoje?
LEE - Adoro os brasileiros do
CSS. São incríveis! Virei fã deles há seis meses. É tão legal!
Baixei o CD e pirei. Ouço para
me inspirar. Foram a banda favorita do meu último verão.
FOLHA - Para quem você liga quando está sóbria? ["Call Me When
You're Sober" é o título de uma canção do Evanescence].
LEE - Tomara que para todo
mundo, e que eu esqueça o celular em casa quando ficar bêbada. E, bem, eu liguei para você, hoje. E estou sóbria.
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