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Calouro de jornalismo avalia a universidade
DA REDAÇÃO
O Folhateen convidou um estudante do
curso de jornalismo da USP a escrever
um texto apontando as diferenças e deficiências que encontrou ao entrar na universidade. Jornalismo foi o segundo curso mais concorrido do último vestibular,
com 59,8 candidatos para cada vaga. Leia
abaixo o depoimento de Leandro Andrade Faria, 19, aprovado na Fuvest em 2001
e que está cursando o primeiro semestre.
Antes de ingressar no ensino superior,
todo o meu aprendizado era encarado, de
certa forma, como uma obrigação, além
do fato de que a maior parte das informações às quais eu tinha acesso estava voltada para o exame vestibular (o que é demasiado desgastante).
Na universidade, o aprendizado deixa
de ter essa carga negativa e passa a ser um
estímulo para uma carreira profissional
segura, na medida em que o aluno tem
uma maior aproximação com o mercado
de trabalho.
A vasta gama de informação disponível
no meio acadêmico transformou minha
concepção de estudo -proveniente do
ensino médio- e está me levando a dedicar-me à formação de um "background" cultural sólido e amplo para
que, depois, eu possa exercer minha profissão com decência e competência.
No tocante ao corpo docente da graduação em jornalismo, o quadro é bastante eclético: temos ótimos professores
(que realmente acrescentam algo à nossa
formação) e professores ruins (que não
têm ânimo nem para dar aula).
Mesmo assim, para mim, valeu a pena
ter estudado tanto para ver meu nome na
lista de aprovados da Fuvest, pois sei que,
mesmo com esses defeitos ou imperfeições, a USP oferece um bom curso na
área de comunicação social.
Resta aos alunos não se contentarem
com o conhecimento oferecido pela universidade e buscarem o saber também
fora da instituição.
A maior deficiência da universidade
pública está na falta de estrutura tanto física quanto funcional. Os prédios, em geral, não estão em bom estado de conservação. Faltam equipamentos básicos e,
em alguns setores, faltam até mesmo
professores. Tudo isso somado faz com
que greves e paralisações sejam frequentes, prejudicando alunos e funcionários.
Como sempre estudei em escola particular, percebo com mais acuidade essa
falta de estrutura da universidade.
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