São Paulo, segunda-feira, 20 de maio de 2002

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TECNO

Família implanta chip para cuidar da saúde e cria "Big Brother" particular

MARCELO GRIMBERG
FREE-LANCE PARA A FOLHA

Jeffrey, Leslie e Derek Jacobs seriam mais uma entre muitas famílias comuns americanas não fosse um pequeno detalhe: um chip do tamanho de um grão de arroz que cada um instalou no braço. A idéia é monitorar a saúde e detectar problemas antes que a vida entre em risco.
De tempos em tempos, o dispositivo, chamado VeriChip, emitirá sinais para uma central hospitalar, dizendo como estão alguns aspectos da condição física dos Jacobs.
Combinando essas informações com o histórico de cada pessoa, médicos poderão antecipar-se a problemas graves e agir prontamente nesse caso ou no de emergências.
Acontece que as informações emitidas também poderiam ser usadas de maneira maliciosa. No mínimo, serviriam para localizar o usuário do dispositivo onde quer que estivesse -um avanço tecnológico que parece inevitável.
Sim, o implante tem um lado ruim, o que é comum em invenções e descobertas. A energia nuclear, por exemplo, movimenta países e alimenta bombas destrutivas. O avião transporta passageiros e é usado para atacar e matar.
O dilema é: aceitar ou negar? Em tempos de sequestro, ser localizável e ter a saúde protegida nem parece tão absurdo. E aí, vai encarar esse "Big Brother" particular?

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