Dois espetáculos que têm o futebol como pano de fundo divertem em SP

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Paixão nacional, o futebol ultrapassou os limites dos gramados e ganhou os palcos. Prova disso são os dois espetáculos em cartaz no Teatro do Colégio Santa Cruz: "Metegol" e "Jogando no Quintal", ambos inspirados na arte dos dribles.
Para marcar seus 20 anos de estrada, a companhia carioca Intrépida Trupe transformou seus atores em bonecos de uma partida de pebolim, em "Metegol". No espetáculo, esses craques cênicos vão além da mesa de jogo.
Para chegar ao gol, vale tudo: acrobacias, malabarismos, vôos de sete metros de altura... Os atores ficam presos por cordas e roldanas em uma estrutura metálica em formato de bola.
"Misturamos circo e dança nesse "totó humano". Por meio de recursos de engenharia circense, os atores conseguem fazer seus dribles e gols aéreos", conta Renato Linhares, diretor da peça que estreou ano passado no Rio. "Quando a companhia nasceu, acontecia a Copa do Mundo no México. Foi um ano em que só se falou de futebol, por isso resolvemos homenagear o esporte".
Circo e futebol também marcam presença em "Jogando no Quintal". Em campo, os boleiros são palhaços que têm o desafio de improvisar cenas com temas sugeridos pela platéia-torcida. Marca o gol o time que o público julgar que se saiu melhor na performance.
Uma banda acompanha o desempenho dos palhaços no espetáculo, que nunca se repete, graças aos assuntos variados sugeridos pela platéia. E o público não facilita a vida dos jogadores: já teve quem sugerisse temas bizarros como "tachinha", "paracetamol", "corrupção"... Pura palhaçada.
(DOLORES OROSCO)


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