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CARTAS
O movimento estudantil está dando o que falar! A polêmica vale a pena? Mande sua mensagem! Vale fax, e-mail ou correio
Show cá, ingresso acolá
"Estou completamente indignada
com a UNE, a Ubes e derivados. Eu
estava muito a fim de assistir o
show do Caetano Veloso no Via
Funchal. Os preços variavam de R$
30 a R$ 100. Então pensei: "Ótimo,
se eu comprar meia-entrada, gastarei no máximo R$ 50". O que
acontece é que muitas vezes você
se vê impossibilitado de exercer esse direito. Os ingressos para estudantes só estavam sendo vendidos
no Cabral do Tatuapé! Uma pessoa
que mora longe desse local fica
sem condições de comprar a meia-entrada, o que é um direito dela!
Por que a venda não pode ser no
próprio local do show? Se ao menos colocassem vários postos de
venda... E, poxa, poderiam pelo
menos ter pensado num local de
fácil acesso para todos! Na avenida
Paulista ou em algum shopping,
por exemplo. Não é a primeira vez
que deixo de ir a um show por não
conseguir comprar meu ingresso.
Espero que os responsáveis repensem sobre o que estão fazendo."
Tatiana Allegro, 17 (via e-mail)
"Abaixo a máfia da UNE"
"Em relação ao e-mail enviado pelo centro acadêmico de física da
USP (ed. de 7/6), além de eu concordar plenamente com o que foi
dito sobre a UNE (União Nacional
dos Estudantes), tenho ainda outras críticas.
Em primeiro lugar, não são todos
os estudantes que podem pagar
por essa carteirinha, e são exatamente esses que têm maior necessidade dessa "meia-entrada".
Em segundo lugar, mesmo os estudantes que possuem a tal carteirinha nem sempre (diga-se: na
maior parte dos casos) têm esse direito. Um bom exemplo que ilustra
o que eu acabei de afirmar foi o que
ocorreu durante a venda dos ingressos para o show do Kiss.
Eles deram dois dias apenas (no
meio da semana) para que os estudantes com carteirinha comprassem os ingressos.
E o pior: em um único local. Será
que nós, estudantes, não temos o
direito de pagar pela metade do
preço no local e no dia que acharmos mais conveniente?
A UNE não pensa assim, muito pelo contrário: os ingressos para o
show do Gamma Ray para estudantes são limitados e vendidos
apenas na UNE(??!!!!!). Abaixo a
máfia da UNE!!!!"
Edson Nakamatu, 20 (Santo André, SP)
Em defesa da capa
"Gostaria de fazer uma crítica a
Renata F. de Oliveira (ed. de 14/6).
A capa do Folhateen sobre TPM
(ed. de 24/6) foi feita para adolescentes, e não para crianças. Por isso não dá para entender por que
falar sobre erotização infantil.
Ela deveria reclamar de erotização
com os programas que fazem concurso do melhor Tchanzinho, com
os fabricantes da linha de cadernos
da Tiazinha ou com os fabricantes
da linha de produtos para crianças
da Carla Perez.
A matéria e a capa ajudam quem
está entrando nessa difícil época a
se entender com seus problemas.
Se ela criticasse quem realmente
atrapalha o desenvolvimento psicológico das crianças, seu tempo
seria mais bem gasto.
PS: não se esqueça de que as crianças têm sexualidade..."
Carolina do A. Venezian, 20 (São
Paulo, SP)
Tropicalismo
"Por que o Folhateen não faz uma
reportagem sobre o tropicalismo?
Esse movimento foi importantíssimo para o redirecionamento da
MPB no Brasil e ainda contribuiu
com grandes idéias para movimentos sociais e políticos."
José Eduardo Berto Galdiano, estudante de direito (São Paulo, SP)
"Quero Bon Jovi"
"Oi, querido Folhateen, não deixo
de ler nenhuma edição e adoro colecionar os cadernos. Vocês nunca
falam do Bon Jovi. Adoraria abrir o
jornal e ver uma matéria (ou promoção) sobre a banda mais querida do mundo! Eu quero Bom Jovi!
Por favor!"
Kelly (Bongiovi) Oliveira da Silva,
15 (São Paulo, SP)
Mentes falhas
"Na reportagem "Quando o rock
and roll fala de amor" (ed. de 7/6),
esperei ler alguma citação de grandes canções como "With or without you, I can't live; One love,
one life!". E não encontrei nada.
Tenho plena confiança na galera
do Folhateen e sei que as grandes
melodias de Bono Vox foram esquecidas por culpa de nossas mentes falhas."
Regis Vieira de Melo (via e-mail)
Jovem amigo Caetano
"Depois de anos fazendo música
para tratamento de insônia, Caetano Veloso bateu todos os recordes.
Após mostrar toda a sua "criatividade", gravando um sucesso antigo
que está poluindo as rádios, ele
conseguiu uma façanha ainda
maior, lançar um CD remix. O que
ele pretende com isso? Conquistar
o irradiante público clubber? Dar
um novo rumo à MPB? Talvez a
próxima pérola do nosso "jovem
amigo" seja lançar um acústico
com os agonizantes Titãs, apoiado
pela "renovada" MTV. Já que a sua
intenção é claramente vender discos, não será novidade futuras músicas em estilo pagode, axé, sertanejo e outros caça-níqueis. Para
quem lutou contra a ditadura e se
considerava um rebelde, essa é
uma maneira medíocre de tentar
adiar o fim de sua carreira, que
vem se prolongando muito."
Rafael Sbrissia (via e-mail)
"Acorda, Alice!"
"O papel das entidades estudantis
está diretamente ligado à luta pela
Educação. Quando temos críticas
às suas formas, temos críticas a nós
mesmos. O movimento estudantil
é de todos. As entidades se sustentam por uma porcentagem do valor total das carteiras de meia-entrada. Então, a real empresa "lucradora" nisso tudo é a produtora das
carteirinhas. A questão de torná-las um direito de todo estudante
leva a uma consequência determinante. Se a entidade não tiver dinheiro em caixa, como pagará seus
funcionários? Como realizará seus
projetos? Boa vontade não paga
conta de luz nem paga aluguel. No
recente congresso da UEE-SP, os
estudantes votaram sobre o que
acreditavam ser bom ou ruim para
o movimento estudantil. Isso é democracia. A nossa obrigação é
exercer essa representatividade.
Devemos fazer uma entidade unificada, sem fragmentações político-partidárias. E não nos estagnar
no espaço e no tempo em picuinhas falso-moralistas, que em nada acrescentam ao autêntico ideal
do movimento estudantil. O que
nós queremos é vencer este governo entreguista, antinacionalista e
antieducacional. Para isso, o que
precisamos é de união! Agora, que
temos de falar do futuro do nosso
país, do nosso futuro, dos nossos
filhos, vêm nos falar de enriquecimento e ditadura no movimento
estudantil!? Acorda, Alice!"
Priscila Néri Schiefer, presidente,
e Mônica Simioni, vice-presidente
do Diretório Acadêmico 27 de
Abril, da comunicação da Fiam
(via e-mail)
Folhateen: al. Barão de Limeira, 425, 4º andar, São
Paulo, SP, CEP 01202-900. Mande nome completo, idade,
endereço e telefone. E-mail: Folhateen@uol.com.br
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