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São Paulo, segunda-feira, 21 de julho de 2003

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CARTAS

LEITORES ELOGIAM CAPA SOBRE "A VIAGEM DE CHIHIRO", E JOVEM PROTESTA CONTRA SERVIÇO MILITAR OBRIGATÓRIO

Chihiro, sim; japanimação, não
"Parabenizo-os pela reportagem sobre o longa-metragem "A Viagem de Chihiro", que estreou na última sexta-feira (18/7). Os leitores puderam ver que animes não são apenas para crianças. Só tem um probleminha: o uso da expressão "japanimação". Sem querer parecer chato, devo informar que esse termo (uma tradução do inglês "japanimation') é incorreta, por causa do prefixo "jap", que era usado pelos americanos na Segunda Guerra Mundial para se referir pejorativamente ao povo japonês. Hoje, tal palavra ainda soa imprópria, uma ofensa até, não só para o povo japonês mas também para os descendentes de imigrantes, inclusive os do Brasil. Recomendo que, para se referir à animação japonesa, seja usado o termo "anime", comum no Brasil e no exterior ou o termo "animação japonesa"." Fábio Yaga Tsuha, 40 - Santos, SP

Chihiro não está sozinha
"Participo de um grupo não-institucional de estudantes da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas) que se interessa por quadrinhos e animação japonesa, a Animecamp, e escrevo para lembrar que "A Viagem de Chihiro" não é o único bom anime que existe. Posso citar "Cemitério de Vaga-lumes", de Isao Takahata, e "Metrópolis", de Rintaro, baseado no filme homônimo de Fritz Lang e no mangá de Osamu Tezuka, entre os longas-metragens, e séries como "Neon Genesis Evangelion", de Hideaki Anno. Com Chihiro, espero que comecem a passar na TV aberta obras como "Neon..." e que os cinemas exibam, em todo o Brasil, as boas animações que não foram premiadas com o Oscar." Marcel M. de Vasconcelos, 21 - Campinas, SP

Nada de alistamento obrigatório
"Fiquei tocado com a coragem do sobrinho do ex-premiê israelense Benjamin Netanyahu, Jonathan Ben-Artzi, de recusar-se a cumprir o serviço militar obrigatório por razões pacifistas (ed. de 7/7). Imagino a pressão que ele sente e a coragem necessária para opor-se a tal situação. O serviço militar obrigatório é, aliás, algo anacrônico e violento. Não há explicações para ele ser obrigatório no Brasil. EUA, Alemanha, Portugal e mesmo Peru, Chile e Argentina, entre muitos outros, já aboliram essa prática arcaica e nefasta. Civismo não se ensina por obrigação. Cadê os deputados e os senadores para atualizarem essa prática que vem do século 19?" Andre Luis Borges, 22 - Goiânia, GO

Vines não está no Nirvana
"Leio o Folhateen há algum tempo e vi que um leitor escreveu dizendo que o Vines plagia o Nirvana (ed. de 14/7). Como fã do Vines, eu me sinto na obrigação de discordar. A maior e mais clara influência deles é o britpop: Supergrass, Blur e, talvez, Oasis. Não há traços profundos de Nirvana. Acho que, se o Vines fosse copiar algo de alguém, seria de uma banda como Beatles, influência de pelo menos 70% das boas bandas de hoje, não de um grupo como o... Dandy Warhols, de quem o Vines provavelmente nunca ouviu falar. E mais: um monte de banda copia o Nirvana e ninguém reclama disso. Minha opinião é que, se você não curte a banda, não a escute, e também não fale mal dela. E, mudando de assunto, li o "Alex Rider contra Stormbreaker" (ed. de 23/6), gostei muito, e mal posso esperar o próximo livro." Julia Akari - por e-mail

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