São Paulo, segunda, 21 de setembro de 1998

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cinema
Cameron Diaz conquista a América

FÁTIMA GIGLIOTTI
da Reportagem Local

Cameron Diaz é a bela da hora. O sucesso da comédia "Quem Vai Ficar com Mary?", que acaba de estrear nos cinemas daqui e já acumulou mais de U$140 milhões nas bilheterias americanas, transformou a ex-modelo da Elite na nova queridinha de Hollywood.
Também pudera. Cameron é o oásis no deserto de grosserias e humor "nonsense" articulados pelos diretores Peter e Bobby Farrelly, que já provaram do que são capazes com "Débi e Lóide - Dois Idiotas em Apuros". Eles atacam agora de estúpido cupido, transformando a simpática ortopedista Mary, personagem de Cameron, no alvo amoroso de um bando de imbecis.
O mais bem intencionado deles é Ted (Ben Stiller). Há 13 anos apaixonado pela colega de escola, ele contrata um detetive para encontrá-la. É o começo da anárquica narrativa e do desfile de gagues politicamente incorretas que não poupam obesos, homossexuais, deficientes, ninguém.
O detetive (Matt Dillon, ex-namorado de Cameron) apaixona-se por Mary, mas é driblado por um entregador de pizza que se finge de aleijado para conquistá-la. Os dois aliam-se para vencer Ted.
Mas para ganhar Mary o candidato precisa agradar um cãozinho enfezado e o irmão deficiente da musa. Se o público dos Farrelly fosse tão rigoroso quanto esse cãozinho, o destino de Cameron seria diferente. Mas ela não se incomodou em passar esperma no cabelo pensando que fosse gel numa sequência, fazendo a galera gargalhar. E ainda conseguiu dar um toque romântico ao filme. Só por isso já merecia estourar.



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