|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
escuta aqui
Sai a lista dos mais bacanas do mundo
ÁLVARO PEREIRA JÚNIOR
especial para a Folha
Sim, ainda existem pessoas bacanas neste mundo, e, em seu incansável objetivo de tornar a vida
menos deprimente, "Escuta
Aqui" elege hoje algumas dessas
figuras ímpares.
Os critérios não seguem exatamente uma linha de objetividade.
Na verdade, são absolutamente
indefensáveis: não passam de impressões superficiais, dicas de
amigos... Em bom português, puros chutes.
Mas, se não fosse assim, não teria graça, certo? Vamos à lista, em
ordem decrescente de "bacanidade".
1) Tony Bennett. O melhor cantor do universo, segundo ninguém menos do que Frank Sinatra. O mais cool, também. E o
mais largado. Cheio de moral entre a italianada dos EUA que o viu
crescer, Anthony Benedetto (seu
verdadeiro nome) não esquece as
origens (é filho de verdureiro)
nem bota banca de muso. Se eu
nascesse de novo, queria nascer
Tony Bennett.
2) Fred Sanger. Bioquímico inglês, obteve a quase inimaginável
glória de ganhar duas vezes o Nobel de química (1958 e 1980). Vive
como um eremita, nega-se a dar
entrevistas. Não escreveu autobiografia e se comporta como um
qualquer. Cool abaixo de zero.
3) Butt-Head. O melhor personagem de desenho animado dos
anos 90. Consegue ser semi-retardado mental e irônico ao mesmo
tempo. Mantém algum controle
sobre o que faz e tem noção de
que se passa a seu redor, o que
não é o caso do companheiro,
Beavis.
4) Telê Santana. Brasileiro bacana é isso aí. Levou o São Paulo a
dois títulos mundiais, foi sempre
impiedoso com cartolas desonestos (perdão pela tautologia) e
transformou Cafu em jogador de
futebol.
5) The Mummies. Americanos,
reis do rock de garagem, só tocavam vestidos de múmias (inclusive nos ensaios). Tinham um pacto: acabar com a banda assim que
recebessem um convite de uma
grande gravadora. O convite veio.
A banda acabou.
6) Franco Modigliani. Prêmio
nobel de economia de 1985, foi
flagrado roubando salgadinhos
em uma festa do Massachusetts
Institute of Technology (EUA),
onde leciona. Ao ver as guloseimas tomando o rumo do bolso do
marido, a mulher dele exclamou:
"Pára, Franco!".
7) Shirley Manson. Vocalista
do Garbage. É a grande deusa do
pop/rock dos anos 90, e entra na
lista porque foi absurdamente
gentil com um amigo que a entrevistou por telefone, recentemente. Detalhe: era o dia seguinte ao
aniversário dela, devia estar de
ressaca etc., etc., etc.
8) Denílson. Dizia um outdoor,
em Portobello Road (Londres),
na época da Copa: "Se driblar é
uma arte, ele é Van Gogh". O outdoor era sobre Denílson, hoje jogador do Betis, da Espanha. Suficiente para inflar o ego de qualquer um, mas não o do ex-são paulino, que até hoje se comporta
e joga bola como se ainda aprontasse nas quebradas de Diadema.
9) Todd McFarlane. O que dizer de alguém que ficou milionário renovando o traço do Homem-Aranha, depois criou a série
"Spawn" e hoje fabrica os brinquedos mais legais do Sistema Solar? O canadense McFarlane é mais que um cara bacana: é um ídolo.
10) Joey Ramone. Fundador da
banda protopunk americana Ramones, que mais de 20 anos depois não pára de influenciar meio mundo. Veio ao Brasil, faz programa de rádio, revelou suas músicas prediletas, foi legal com todo mundo.
Álvaro Pereira Júnior, 35, é chefe de Redação
do "Fantástico" em São Paulo.
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
|