São Paulo, segunda-feira, 23 de março de 2009

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cinema

Seguindo a onda

"Surf Adventures 2" mostra a nata do surfe brasileiro em praias paradisíacas e perigosas

TARSO ARAUJO
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

As ondas estão quebrando mais uma vez nas telas do cinema brasileiro, com a chegada de "Surf Adventures 2 - A Busca Continua", que estreia na sexta, com classificação indicativa livre.
O longa é a sequência de "Surf Adventures", que em 2002 levou 250 mil espectadores aos cinemas e se tornou um dos cinco documentários mais vistos do cinema brasileiro.
A estrutura é a mesma do primeiro filme: um grupo de surfistas viaja o mundo em busca de boas ondas. O diferencial dessa versão fica por conta do surfe na pororoca do rio Araguari, em plena Amazônia, entre picos mais tradicionais no Chile, no Peru, no México, na Austrália e no Taiti, além de praias do eixo Rio-São Paulo.
"Fazer um filme como esse é curtição, mas é perrengue também. Quem não tem preparo físico e disposição não aguenta", diz o diretor, Roberto Moura, surfista desde a adolescência, como o resto da equipe. "Para fazer um filme de surfe tem que pegar onda, ou não funciona."
Para se divertir com o filme, porém, não é preciso ser adepto do esporte. Há manobras impressionantes, paisagens paradisíacas e até cenas fora d'água dos surfistas eternamente descontraídos -privilégio de quem vive de sol e maresia.
O que não quer dizer que é só moleza. Alguns dos momentos mais interessantes do documentário são as cenas perigosas em Perth, na Austrália, e no Taiti, com ondas enormes quebrando sobre corais a poucos metros de profundidade.
No time de corajosos, destacam-se Marcelo Trekinho, Phil Rajzman, Marcos Sifu, Fábio Gouveia e Danilo Grilo, mas 54 surfistas aparecem na tela, incluindo campeões mundiais como Kelly Slater e Andy Irons.
A trilha sonora, que sairá em CD pela Som Livre, é um ponto alto do filme e inclui Mombojó, Los Hermanos, Bonde do Rolê e, é claro, Bob Marley.
No fim da sessão, fica a vontade de correr para uma praia e tentar pegar pelo menos um jacaré na marola mais fraquinha.


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