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cinema
Seguindo a onda
"Surf Adventures 2" mostra a nata do surfe brasileiro em praias paradisíacas e perigosas
TARSO ARAUJO
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
As ondas estão quebrando mais uma
vez nas telas do cinema brasileiro, com a
chegada de "Surf Adventures 2 - A Busca Continua", que estreia na sexta, com
classificação indicativa livre.
O longa é a sequência de
"Surf Adventures", que em
2002 levou 250 mil espectadores aos cinemas e se tornou um
dos cinco documentários mais
vistos do cinema brasileiro.
A estrutura é a mesma do primeiro filme: um grupo de surfistas viaja o mundo em busca
de boas ondas. O diferencial
dessa versão fica por conta do
surfe na pororoca do rio Araguari, em plena Amazônia, entre picos mais tradicionais no
Chile, no Peru, no México, na
Austrália e no Taiti, além de
praias do eixo Rio-São Paulo.
"Fazer um filme como esse é
curtição, mas é perrengue também. Quem não tem preparo físico e disposição não aguenta",
diz o diretor, Roberto Moura,
surfista desde a adolescência,
como o resto da equipe. "Para
fazer um filme de surfe tem que
pegar onda, ou não funciona."
Para se divertir com o filme,
porém, não é preciso ser adepto
do esporte. Há manobras impressionantes, paisagens paradisíacas e até cenas fora d'água
dos surfistas eternamente descontraídos -privilégio de
quem vive de sol e maresia.
O que não quer dizer que é só
moleza. Alguns dos momentos
mais interessantes do documentário são as cenas perigosas em Perth, na Austrália, e no
Taiti, com ondas enormes quebrando sobre corais a poucos
metros de profundidade.
No time de corajosos, destacam-se Marcelo Trekinho, Phil
Rajzman, Marcos Sifu, Fábio
Gouveia e Danilo Grilo, mas 54
surfistas aparecem na tela, incluindo campeões mundiais
como Kelly Slater e Andy Irons.
A trilha sonora, que sairá em
CD pela Som Livre, é um ponto
alto do filme e inclui Mombojó,
Los Hermanos, Bonde do Rolê
e, é claro, Bob Marley.
No fim da sessão, fica a vontade de correr para uma praia e
tentar pegar pelo menos um jacaré na marola mais fraquinha.
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