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São Paulo, segunda-feira, 23 de junho de 2003

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CARTAS

JOVENS DIZEM COMO SOFRERAM COM "BULLYING", E ÁLVARO PEREIRA JÚNIOR RESPONDE A LEITORA

Vítima de "bullying"
"Envio esta carta para parabenizar a equipe de jornalistas que, com competência, publicou uma reportagem excelente sobre o "bullying" (ed. de 9/6), do qual fui vítima por mais de uma década. Realmente, pelos dados apresentados, é alarmante o número de pessoas que, como eu, foram criticadas por vários colegas de sala por seu jeito de ser. Mas acredito que o "bullying" não seja causado apenas pelo agressor. O agredido, já nos primeiros dias de aula em uma nova escola, começa a construir um relacionamento com os colegas e pode deixar alunos invadirem o espaço dele em vez de "impor" respeito. Afinal, nem todas as crianças e adolescentes gordos, magros, que usam óculos, que são muito baixos ou muito altos são vítimas do "bullying"." Henrique (nome fictício) - Contagem, MG

Vítima de "bullying" 2
A diretora do meu colégio entregou aos alunos uma resportagem do Folhateen muito interessante, que falava das brincadeiras de mau gosto dos colegas, principalmente na sala de aula (ed. de 9/6). Sou vítima dessas brincadeiras. Todos me chamam de nariguda e, às vezes, de "quatro-olhos". Parece que o agressor não tem defeitos. É claro que não gosto disso, e meus "amigos" acabam me ofendendo. Na hora, ignoro, mas depois acabo ficando com a minha auto-estima lá embaixo. É como a reportagem disse: os professores não fazem nada, parece que não ouvem. Fico chateada porque eles não fazem nada com o agressor, mas não posso fazer nada... E não adianta falar com o agressor. Você fala que não gosta da brincadeira e, mesmo assim, ele continua. No começo, você tem paciência, mas, depois, a paciência acaba. E, quando acaba, você não sabe o que fazer e, como diz a reportagem, um menino na Inglaterra até se matou por causa disso. Mando esta carta para dizer que a reportagem me ajudou muito." Helena (nome fictício), 12 - Guarulhos, SP

Metaleiros de butique
"O "metalhead" que indicou o Metallica para a seção "CD Player" (ed. de 16/6) não passa de um poser, pois o Metallica acabou há anos. E metaleirinhos de butique que ouvem Limp Bizkit, Linkin Park e outros Linkin-sei-lá-o-quê não são dignos do termo metaleiro." Heitor Fáccio, 16 - Jundiaí, SP

Direito de resposta

"A veracidade de "Tiros em Columbine" tem sido posta em dúvida por dezenas de publicações e sites desde que o filme foi lançado nos EUA, em 2002. "Escuta Aqui" escreveu que, entre outras encenações, era forjada a sequência em que Michael Moore abre conta em um banco e sai da agência já com um rifle de brinde. No mundo real, o rifle só é entregue em duas ou três semanas, depois de uma checagem de antecedentes. E a entrega acontece em uma loja de armas, não no banco. Segundo a leitora Camile H. Reomo (ed. de 16/3), o filme menciona essa checagem de antedentes e faz alusão a um estoque de armas mantido pelo banco. No entanto, Michael Moore editou a cena de modo a parecer que a checagem é feita rapidamente, de qualquer jeito. E a referência ao estoque de armas, nebulosa, de modo nenhum garante que as armas sejam entregues no próprio banco. Um endereço com vários pontos de discussão, e a defesa do próprio Moore, é www.hardylaw.net/Truth_About_Bowling.html."
Álvaro Pereira Júnior

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