DO COLUNISTA DA FOLHA

Muitas das campanhas contra o uso de drogas veiculadas na TV são ineficientes. Esse é o resultado de uma pesquisa realizada pela professora da PUC de Curitiba Arlene Lopes Sant'Anna.
O estudo, que avaliou campanhas realizadas em 1996 e 1997, sugere que os anúncios veiculados são mal direcionados socialmente, têm uma abordagem ingênua e superficial, ignoram as raízes do problema e não esclarecem sobre prevenção. O discurso dessas campanhas, segundo a autora do trabalho, permaneceu o mesmo até outubro de 2002. Enquanto isso, um outro trabalho americano (Darmouth Medical School) mostra que adolescentes que são expostos a filmes em que os personagens fumam têm três vezes mais chances de entrar em contato com o cigarro do que aqueles que não estão tão expostos ao cinema.
Especialistas americanos acham que a indústria cinematográfica deveria tomar medidas urgentes para evitar que mais jovens comecem a fumar. Os jovens são o grupo em que o consumo de cigarro mais cresce hoje em dia.
Mais uma prova de que a TV e o cinema precisam repensar seus personagens que fumam e bebem. Ponto importante também é reavaliar as campanhas que tratam do assunto drogas, para que sejam direcionadas e adequadas à realidade dos jovens do nosso país.(JB)

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