São Paulo, segunda-feira, 23 de julho de 2007

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

livro

Super virgem

Em livro, americana narra suas frustradas aventuras sexuais em viagem à Ásia, aos 20 anos

LETICIA DE CASTRO
DA REPORTAGEM LOCAL

Para muitas garotas, ser virgem aos 20 anos pode ser uma opção. Para outras, uma simples casualidade. Não para a norte-americana Iris Bahr.
Para ela, ser virgem aos 20 era quase um trauma. Tanto que, quando o assunto entre as amigas eram as descobertas sexuais de cada uma, ela acabava inventando uma história ou simplesmente saía de fininho.
Para resolver o "problema", a moça decidiu fazer uma viagem para a Ásia assim que terminou o serviço militar em Israel, onde morava na época (lá, as garotas também precisam passar por isso). Novos ares, acreditava, poderiam ajudá-la a se soltar com os homens.
As memórias dessa viagem real estão registradas no livro "Aventuras de uma Pseudovirgem", lançado aqui neste mês.
Com relatos divertidos e escrachados de situações bizarras, o livro mostra a ansiedade tipicamente adolescente diante da iniciação sexual: nervosismo, excitação, sensação de rejeição e, sobretudo, medo.
Iris paquera, se apaixona e se envolve com garotos, mas a tão sonhada primeira vez demora a acontecer e quando rola chega a ser aflitiva, de tão esquisita.
"Acho que eu tinha dificuldade de interagir com os homens, tinha medo disso e só conseguia me aproximar até certo ponto. Depois, eu começava a achar que havia algo de errado comigo, que eu seria rejeitada... Neuroses de adolescente", conta a autora -que também é atriz-, hoje com 30 anos ,sobre suas encanações à época.
A balada asiática começa na Tailândia, segue para o Vietnã, Nepal, Índia... e nada de Iris perder a virgindade.
Mas além da obsessão da garota com o sexo, o livro narra as aventuras absurdas e os choques culturais quase diários na vida de uma mochileira.
Ela se perde sozinha na selva, dança sob a lua cheia no Himalaia e vai parar no hospital (entre muitas outras coisas).
Em tom confessional, com direito a todas as autocríticas de um adolescente, o livro ficou pronto agora, dez anos após a viagem, que durou seis meses.
Os pais, no entanto, foram proibidos de tocar na obra "A última coisa que eu queria era que meu pai lesse sobre minhas experiências sexuais", diz.


AVENTURAS DE UMA PSEUDOVIRGEM Iris Bahr
Editora Conrad
R$ 34 (264 págs.)


Texto Anterior: Platéia dos Klaxons parece uma gelatina tremendo
Próximo Texto: Música: Mágica do amor
Índice


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.