A vocalista Stacy "Fergie" Ferguson vira "duquesa" e sai em carreira solo com uma forcinha do produtor will.i.am, seu chefe no grupo Black Eyed Peas

LEANDRO FORTINO
DA REPORTAGEM LOCAL

Ao mesmo tempo em que é atacada pelos fãs mais radicais de hip hop, Stacy "Fergie" Ferguson é uma das cantoras mais desejadas do mundo pop. Afinal, foi a sua entrada que fez o Black Eyed Peas se tornar o grupo de rap mais bem-sucedido da década.
O fato, obviamente, irritou muito os seguidores da banda desde os anos 90. Eles não conseguiram aceitar que uma garota loira e do tipo "gostosona", que tinha um grupo pop teen, que canta gemendo e que mal sabe fazer rap integrasse uma banda que misturava hip hop e sons bacanas e descolados, tipo os de Jorge Ben dos anos 70.
Mas a história do BEP se divide em antes e depois de Fergie. E é por causa dela que provavelmente você ouviu falar do grupo e dos discos em que ela está: "Elephunk", de 2003, e "Monkey Business", de 2005.
Ela estréia em disco solo agora, produzida pelo seu chefe no BEP, o requisitado will.i.am.
A menina dos olhos dele assume o papel de uma "duquesa" safada em "Fergie as the Dutchess", disco que acaba de sair no Brasil. E, graças à produção redondinha de will.i.am, ela brilha novamente em um álbum variado, que tem r&b, electro, Miami bass e reggae.
O.K., parece um disco do BEP com dois integrantes a menos. Mas não dá para resistir ao pop dançante de faixas como a divertida "Fergalicious", que desenterra "Supersonic", hit de J.J. Fad, de 1988, ou "London Bridge", certamente inspirada no vocal de M.I.A., mais uma boa referência no CD.
Há ainda dois reggaes inusitados, um deles com o sugestivo nome "Mary Jane Shoes".
Mas quem viu ao vivo jura que a performance de Fergie é constrangedora. O BEP faz seis shows no Brasil no mês que vem, momento para ver se o talento dela vai além do estúdio e das ferramentas de computador que salvam vocalistas medíocres. É pagar para ver.

FERGIE AS THE DUCTHESS
Fergie
http://fergie.blackeyedpeas.com/
Ouça: "Voodoo Doll"


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