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São Paulo, segunda-feira, 24 de fevereiro de 2003

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02 NEURÔNIO

O homem Bush

JÔ HALLACK
NINA LEMOS
RAQ AFFONSO

COLUNISTAS DA FOLHA

Eles acham que podem tudo. É só você olhar para o lado, que ele já está pensando em invadir territórios alheios. O que já conseguiram na vida -pode ser uma garota bacana como você ou ser presidente da maior potência do mundo- jamais será o suficiente. É preciso ter mais! Sempre mais! Mais mulheres, mais sexo, mais dinheiro, mais poder.
Sim, existe pouca coisa pior na vida de uma garota do que se apaixonar por um homem Bush. Isso porque, para conseguir o que quer, ele ataca. E dane-se se o mundo não quiser.
Todo mundo pode dizer a ele que ficar com duas namoradas ao mesmo tempo é babaquice, mas ele não vai ceder nem ao apelo do Conselho formado pelos seus familiares e amigos e vai pensar assim: "Dane-se a ONU (ou os meus amigos e a minha mãe), eu preciso ser o cara mais poderoso do mundo!".
Claro, um homem Bush sempre tem um comparsa. Assim como o presidente dos Estados Unidos tem o Tony Blair, eles terão um "chegado" que vai achar que essa formra canalha de pensar é "maneira". E, quando o sujeito tiver um segundo santo de consciência, esse amigo vai falar: "Imagine, você está mais que certo".
E ainda tem outro: como todo mundo sabe, "o senhor da guerra não gosta de crianças". Então, ele nunca vai querer ter filhos. E ainda vai tratar mal o seu sobrinho.
Um homem Bush é uma ameaça. Se você encontrar um, não ataque. Faça como manda o I-Ching. Recolha os seus exércitos. E vá arrumar um homem decente e que não precise afirmar sua masculinidade invadindo países (ou partindo corações).

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