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Os riscos do excesso de malhação e dos suplementos
FREE-LANCE PARA A FOLHA
O excesso de atividade física deixou de
ser apenas problema dos atletas profissionais e tem atingido jovens frequentadores de academias. É o que mostra a
pesquisa feita por Carolina Rivolta Ackel, biomédica do Centro de Estudos de
Fisiologia do Exercício da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo).
Depois de entrevistar 413 frequentadores de 17 academias da cidade de São
Paulo, a médica chegou a um resultado
alarmante: a média de tempo gasto na
malhação é de 11 horas por semana, sendo que o Colégio Americano de Medicina Esportiva -autoridade na definição
de parâmetros para a prática de atividades físicas- estabelece o máximo de
cinco horas de exercícios por semana.
Além do risco de sofrer lesões e estresse
muscular, distúrbios do sono e alterações de humor e de apetite, o praticante
excessivo costuma ter prejuízo da atividade física. "O principal sintoma é a queda de rendimento e de performance",
afirma a médica.
Outro hábito que costuma caminhar
junto com a malhação em excesso é o uso
indiscriminado de suplementos alimentares. "Os jovens são mais vulneráveis,
pois acreditam mesmo no poder mágico
desses produtos", afirma a nutricionista
Márcia Daskal Hirschbruch, que fez uma
pesquisa com 201 pessoas, de 15 a 25
anos, que se exercitam em academias da
cidade de São Paulo.
Entre outras coisas, o estudo indicou
que 61% dos frequentadores ouvidos
usam algum tipo de suplemento alimentar e que apenas 10% deles receberam
orientação adequada. "Com o uso inadequado, a pessoa pode engordar demais
ou sofrer de problemas dos rins e do fígado", diz a nutricionista.
(MD)
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