UOL


São Paulo, segunda-feira, 24 de novembro de 2003

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Os riscos do excesso de malhação e dos suplementos

FREE-LANCE PARA A FOLHA

O excesso de atividade física deixou de ser apenas problema dos atletas profissionais e tem atingido jovens frequentadores de academias. É o que mostra a pesquisa feita por Carolina Rivolta Ackel, biomédica do Centro de Estudos de Fisiologia do Exercício da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo).
Depois de entrevistar 413 frequentadores de 17 academias da cidade de São Paulo, a médica chegou a um resultado alarmante: a média de tempo gasto na malhação é de 11 horas por semana, sendo que o Colégio Americano de Medicina Esportiva -autoridade na definição de parâmetros para a prática de atividades físicas- estabelece o máximo de cinco horas de exercícios por semana.
Além do risco de sofrer lesões e estresse muscular, distúrbios do sono e alterações de humor e de apetite, o praticante excessivo costuma ter prejuízo da atividade física. "O principal sintoma é a queda de rendimento e de performance", afirma a médica.
Outro hábito que costuma caminhar junto com a malhação em excesso é o uso indiscriminado de suplementos alimentares. "Os jovens são mais vulneráveis, pois acreditam mesmo no poder mágico desses produtos", afirma a nutricionista Márcia Daskal Hirschbruch, que fez uma pesquisa com 201 pessoas, de 15 a 25 anos, que se exercitam em academias da cidade de São Paulo.
Entre outras coisas, o estudo indicou que 61% dos frequentadores ouvidos usam algum tipo de suplemento alimentar e que apenas 10% deles receberam orientação adequada. "Com o uso inadequado, a pessoa pode engordar demais ou sofrer de problemas dos rins e do fígado", diz a nutricionista. (MD)


Texto Anterior: Fortão que se sente fraquinho pode estar com vigorexia
Próximo Texto: Cinema: Quando não há para onde fugir
Índice


UOL
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.