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CRÍTICA
É uma HQ? Um videoclipe? Um game? Não, é um filme
MARCO AURÉLIO CANÔNICO
EDITOR DE FOTOGRAFIA
Você já leu a saga completa de Scott Pilgrim nas HQs?
Não? Ótimo. É melhor assistir ao filme antes e ler os
quadrinhos (que têm uma
história bem mais longa e
mais completa) depois.
Mas faça ambos, porque
vale a pena.
O mais legal do filme é como ele reproduz, na forma de
cinema, a incrível mistura de
gêneros (comédia, romance,
drama) e de meios (quadrinhos, games, música) que fez
a fama de "Scott Pilgrim".
Você está lá, acompanhando a história do teen indie Scott (Michael Cera, um
pouco menos nerd do que o
usual) e, de repente, a tela vira uma página de HQ. Pouco
depois, vira um videogame.
Em vários momentos, parece
um clipe de banda de rock.
Essa mistureba não só funciona muito bem como é absolutamente sensacional de
se ver, ainda que, lá pela
meia hora final, comece a parecer um pouco repetitiva.
Mas, como a história-base
é interessante e divertida, e
os personagens são carismáticos (com destaque para Wallace, o amigo gay de Scott,
brilhantemente interpretado
por Kieran Culkin), o resultado final é muito bom.
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