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GAMES
Japão confere a Dead to Rights o selo de classificação adulta por causa da violência
Diversão proibida para menores de 18 anos
DA REPORTAGEM LOCAL
Desde que alguns adolescentes norte-americanos surrupiaram as armas de
fogo de seus pais e metralharam os colegas da escola, os videogames que simulam situações de violência se tornaram
alvo de desconfiança mundial.
Especialistas, educadores, governantes
e moralistas de plantão suspeitaram que
o consumo de games violentos influencia seus admiradores a cometer crimes.
Tal hipótese nunca foi comprovada.
Mesmo assim, em 1994 foi criada a
ERSB (Entertainment Software Rating
Board), uma entidade independente que
classifica os jogos para consoles e para
computadores de acordo com a idade
considerada (por eles) a mais adequada
para cada tipo de game.
No Japão, a entidade que cuida da classificação dos jogos é a Cero (Computer
Entertainment Rating Organization),
que recentemente recomendou Dead to
Rights, jogo da Namco para o Xbox, somente para maiores de 18 anos.
O jogo conta a história de Jack Slate,
um policial cujo pai, um ex-policial, foi
assassinado. Ao caçar o responsável pela
morte de seu pai, Slate o encontra morto
e acaba sendo incriminado.
No decorrer das fases, Jack tem como
desafio descobrir quem confia nele e
quem quer vê-lo morto, na tentativa de
limpar seu nome e de vingar sua família.
Por causa da trama e das cenas ditas
violentas, Dead to Rights será o primeiro
título a receber o selo adulto no Japão.
Quem já experimentou o jogo por aqui
garante que a única parte que poderia ser
considerada "imprópria" é aquela em
que rola um striptease, o que, digamos,
não é nada de novo para qualquer garoto
de 15 anos que assista à programação
vespertina dos canais da TV brasileira
aberta. Ainda mais porque é uma imagem feita em computador, e não uma
mulher ali, de verdade, nos programa
que dominam as tardes e os domingos.
Castor fofinho
No Brasil, uma medida do Ministério
da Justiça, baixada em 2001, instituiu que
todos os videogames comercializados no
país deviam ser submetidos a uma classificação por faixa etária, realizada pela
mesma equipe que indica a censura e os
horários dos filmes exibidos na televisão.
Seguindo alguns critérios selecionados,
como violência (moderada ou extrema),
nudez, sexo, consumo de drogas, deturpação de valores éticos e tensão, os games
vendidos nas lojas vêm hoje com um selo
indicando a idade mais adequada para
consumo e o gênero de seu conteúdo.
Conker's Bad Fur Day, por exemplo,
para Nintendo 64, jogo em que um castor
fofinho se comporta como maloqueiro,
fumando, bebendo e disparando um
bom número de palavrões por minuto,
foi recomendado no Brasil apenas para
maiores de 18 anos.
Retrô
Se os novos games, especialmente os
violentos, parecem cada dia mais reais
-tanto nos gráficos como nos efeitos-,
uma onda retrô está por vir com o relançamentos de jogos mais ingênuos, nos
quais os desafios passam longe de armas
e de sangue. Entre os clássicos a serem relançados estão Sonic, que ganha versão
para PC, e a série Super Mario para Game
Boy Advance e para GameCube.
(FM)
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