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BALÃO
Do outro lado da força
DIEGO ASSIS
DA REPORTAGEM LOCAL
O que aconteceria se ao invés de ter caído na caipira Smallville, Super-Homem, símbolo máximo da superpotência norte-americana no entre-guerras, tivesse sido encontrado em uma típica fazendo comunitária da... Ucrânia?!
O escritor Mark Millar tem a resposta
em "Superman: Entre a Foice e o Martelo", que a Panini colocou nas bancas brasileiras na semana passada. Parte da série
de realidades alternativas da DC ("Elseworld"), a HQ conta como o herói poderia ter se tornado uma arma imbatível na
corrida atômica com os EUA -aqui representado pelo cientista e marido de
uma certa Lois Lane, o doutor Luthor.
"Oh, meu Deus. Já não bastava os comunistas terem satélites e bombas nucleares suficientes para explodir a nossa
gente umas dez vezes? Agora temos esse
Super-Homem espacial de Stalin também?". A voz é de Martha, em outro
mundo mãe adotiva de Clark Kent, mas
agora só uma viúva desesperada ao ver
os EUA "de joelhos deste jeito".
Se soa curioso e até engraçado ver toda
essa inversão de papéis agora, pode ter
certeza que até o final da Guerra Fria,
menos de vinte anos atrás, ninguém nos
EUA teria achado graça das piadinhas de
Millar. Às vezes até um pouco bobas e...
frias. Por que será que ninguém teve ainda a "brilhante" idéia de vestir o Osama
bin Laden de Homem-Aranha?!
@ - balao@folha.com.br
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