São Paulo, segunda-feira, 26 de abril de 2004

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BALÃO

Do outro lado da força

DIEGO ASSIS
DA REPORTAGEM LOCAL

O que aconteceria se ao invés de ter caído na caipira Smallville, Super-Homem, símbolo máximo da superpotência norte-americana no entre-guerras, tivesse sido encontrado em uma típica fazendo comunitária da... Ucrânia?!
O escritor Mark Millar tem a resposta em "Superman: Entre a Foice e o Martelo", que a Panini colocou nas bancas brasileiras na semana passada. Parte da série de realidades alternativas da DC ("Elseworld"), a HQ conta como o herói poderia ter se tornado uma arma imbatível na corrida atômica com os EUA -aqui representado pelo cientista e marido de uma certa Lois Lane, o doutor Luthor.
"Oh, meu Deus. Já não bastava os comunistas terem satélites e bombas nucleares suficientes para explodir a nossa gente umas dez vezes? Agora temos esse Super-Homem espacial de Stalin também?". A voz é de Martha, em outro mundo mãe adotiva de Clark Kent, mas agora só uma viúva desesperada ao ver os EUA "de joelhos deste jeito".
Se soa curioso e até engraçado ver toda essa inversão de papéis agora, pode ter certeza que até o final da Guerra Fria, menos de vinte anos atrás, ninguém nos EUA teria achado graça das piadinhas de Millar. Às vezes até um pouco bobas e... frias. Por que será que ninguém teve ainda a "brilhante" idéia de vestir o Osama bin Laden de Homem-Aranha?!


@ - balao@folha.com.br


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